Da Redação (*)
O governo dos Estados Unidos lançou na noite desta quinta-feira (2), nos arredores do aeroporto de Bagdá, por ordem direta do presidente Donald Trump, um ataque com mísseis contra um comboio de veículos onde estava o general Qasem Soleimani, chefe da Força Revolucionária da Guarda Quds do Irã. Em nota, o Pentágono assumiu a autoria do ataque e classificou o mesmo como uma “ação defensiva” para proteger o pessoal norte-americano no exterior.
“Por indicação do Presidente, o Exército dos Estados Unidos empreendeu ações defensivas decisivas para proteger o pessoal dos EUA no exterior matando Qasem Soleimani, chefe da Força Quds da Guarda Revolucionária iraniana, uma organização estrangeira declarada terrorista pelos EUA”, diz o comunicado do Pentágono.
Segundo a agência Sputinik e a Al Jazeera, o ataque que matou Soleimani deixou pelo menos 12 militares iraquianos feridos e matou também Abu Mahdi Al-Muhandis, comandante da Unidades de Mobilização Popular (UMF), milícia responsável pelo ataque à embaixada dos EUA no Iraque. Ainda segundo a agência Sputnik, o chefe do órgão consultivo do governo de Teerã afirmou que o Irã vingará a morte do general Soleimani.
A Guarda Revolucionária do Irã confirmou a morte de Soleimani, informou a televisão estatal iraniana IRINN. Segundo comunicado divulgado pela Guarda Revolucionária iraniana, o ataque foi lançado por helicópteros norte-americanos.
Na madrugada desta sexta-feira, analistas internacionais faziam coro nas redes sociais alertando que a morte de Soleimani, por determinação direta do governo dos Estados Unidos, aumentou de forma exponencial a tensão política e militar no Oriente Médio, com consequências imprevisíveis.
Jornalista do New York Times e correspondente de guerra especializada em Oriente Médio, Farnaz Fassihi, afirmou em sua conta no Twitter que a gravidade da situação não deve ser relativizada e que o Irã considera o assassinato de Soleimani uma “declaração de guerra˜.
The gravity of this moment in US-Iran relations can not be overstated. Gen. Sulaimani was the brain of the Islamic Republic, at once revered & feared and a regional folk hero for supporters across the region.
Iran sees his assassination as a declaration of war.#Iran #Iraq— Farnaz Fassihi (@farnazfassihi) January 3, 2020
(*) Com informações de agências internacionais.