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23 de novembro de 2019
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20:59

Colômbia vive terceiro dia consecutivo de protestos contra Duque

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Sul 21
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Colômbia vive terceiro dia consecutivo de protestos contra Duque
Colômbia vive terceiro dia consecutivo de protestos contra Duque
Este é o terceiro dia consecutivo de paralisações e panelaços na Colômbia (Foto: Reprodução/CUT Colombia)

Opera Mundi

Milhares de colombianos foram às ruas pelo terceiro dia consecutivo neste sábado (23/11) para protestar contra as privatizações e o pacote de medidas trabalhistas e previdenciárias do presidente Iván Duque.

Na capital, manifestantes convocaram um novo panelaço para este sábado e mobilizações aconteceram em diversos pontos de Bogotá. Foram registradas manifestações no Parque Nacional, na avenida 72 e na Universidade Nacional.

Ainda na capital, o Esquadrão Móvel Antidistúrbios (Esmad) reprimiu centenas de pessoas que se concentravam no Parque Nacional, região central da cidade. Na avenida Sétima, centenas de manifestantes ocuparam os dois sentidos da via e se mobilizaram batendo panelas e carregando bandeiras.

Manifestações estão previstas para acontecer nas principais cidades do país. Em Bucaramanga, um panelaço está marcado pra começar às 18h (20h no horário de Brasília) no Parque San Pio.

Em Medellín, segunda maior cidade do país, foi convocado uma mobilização para às 16h30 (18h30, no horário de Brasília) no Parque de Los Deseos, próximo à Universidade de Antioquia. Ainda estão previstos atos em cidades como Cali e Cartagena.

Este é o terceiro dia consecutivo de paralisações e panelaços na Colômbia. Nesta quinta-feira (21/11), a paralisação geral, que chegou nas principais cidades do país, se estendeu até o final da noite com uma série de panelaços contra o governo do presidente Iván Duque. Foram registrados protestos em Bogotá, Cali, Medellín e outras cidades, como Cartagena, Barranquilla e Bucaramanga.

Segundo a Central Unitária dos Trabalhadores (CUT) colombiana, a greve geral que mobilizou diversos movimentos populares e categorias sindicais do país entrará para a história como uma das maiores mobilizações da Colômbia.

Nesta sexta-feira, na capital do país, Bogotá, os manifestantes se concentraram sob forte chuva na praça Bolívar, onde fica a sede do governo do país, por volta das 17h (19h no horário de Brasília). Após alguns minutos de manifestação, o Esquadrão Móvel Antidistúrbios (Esmad) dispersou centenas de pessoas que estavam concentradas no local utilizando bombas de gás lacrimogêneos e balas de borracha.

‘Vamos aplicar todo o peso da lei’

Em pronunciamento feito neste sábado, o presidente Iván Duque elogiou o trabalho de “soldados e policiais” colombianos e pediu a união do país no combate ao “vandalismo”.

“Quem incita o ódio e a violência deve assumir sua responsabilidade. Os colombianos temos claro o que é um protesto pacífico e o que é pilhagem, vamos aplicar todo o peso da lei”, disse o mandatário.

Duque ainda disse que não descartará “nenhuma medida” para tratar os protestos contra seu governo.

Por sua vez, o prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa, acusou grupos políticos de realizarem um complô contra a gestão de Duque.

“Aqui, não se trata de jovens que estão fazendo manifestações. Aqui existe um complô, uma organização de alto nível, alguns políticos interessados em desestabilizar e que a cidade não funcione”, disse.


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