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31 de julho de 2016
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14:19

Yuriko Koike vence eleições e será primeira mulher a governar Tóquio, indica boca de urna

Por
Sul 21
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Yuriko Koike vence eleições e será primeira mulher a governar Tóquio, indica boca de urna
Yuriko Koike vence eleições e será primeira mulher a governar Tóquio, indica boca de urna
Yuriko Koike | Foto: World Economic Forum/ WikiCommons
Yuriko Koike já integrou o Parlamento japonês e  foi ministra | Foto: World Economic Forum/ WikiCommons

Do Opera Mundi

Yuriko Koike, que já liderou os ministérios da Defesa e do Meio Ambiente do Japão, venceu neste domingo (31) as eleições para o governo de Tóquio, indicam pesquisas de boca de urna. Ela será a primeira mulher no governo da capital japonesa, considerado o segundo cargo mais importante do país, atrás apenas do de primeiro-ministro.

Koike, 64 anos, concorreu sem o apoio de seu partido, o governista Liberal-Democrata (PLD), que promoveu a candidatura do ex-ministro do Interior Hiroya Massouda. Ela venceu os outros 20 candidatos no pleito com mais de 50% dos votos, segundo os dados preliminares divulgados pela emissora pública NHK após o encerramento do pleito, às 20h locais (8h em Brasília). Entre seus rivais estavam Massouda e o jornalista Shuntaro Torigoe, apoiado pelos principais partidos de oposição.

“Podia ter pedido votos como mulher, mas as pessoas que votaram em mim são as que procuram uma nova forma de governar Tóquio, acima dos partidos. Me candidatei com o objetivo de melhorar a vida de todos os cidadãos: homens, mulheres, idosos, incapacitados”, afirmou Koike após a divulgação das pesquisas com sua vitória.

Política experiente, Koike foi membro do Parlamento japonês entre 1993 e junho de 2016, quando renunciou para concorrer ao governo de Tóquio, cidade com 13 milhões de habitantes. Em 2007, ela atuou como ministra da Defesa do Japão, no primeiro gabinete de Shinzo Abe, atual primeiro-ministro, e ministra do Meio Ambiente, entre 2003 e 2006, no gabinete do ex-primeiro-ministro Junichiro Koizumi.

As eleições deste domingo foram convocadas após Yoichi Masuzoe renunciar ao governo de Tóquio em junho devido à reprovação popular seguida à revelação de que ele havia usado dinheiro público para pagar viagens de férias, obras de arte e livros para seus filhos. Masuzoe negou ter violado a lei, mas admitiu “lapsos de ética” em seus gastos oficiais.

Seu antecessor, Naoki Inose, também havia renunciado em 2013 após revelações de um escândalo de financiamento da campanha para que Tóquio se tornasse a sede dos Jogos Olímpicos de 2020, disputa vencida pela capital japonesa naquele ano.

Uma das principais tarefas da nova governadora será comandar a organização dos Jogos na cidade. “Quero revisar quanto custarão os Jogos Olímpicos para Tóquio. Quero que tudo relacionado com o orçamento seja mais transparente para os cidadãos. Esse será o primeiro passo”, disse Koike, que deve comparecer à cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no fim de agosto.

Das 47 prefeituras no Japão, apenas sete são comandadas por mulheres. Já no parlamento do Japão, a representação feminina é de pouco mais de 10%.

O cargo do governo de Tóquio é considerado o segundo mais importante do país, atrás apenas do de primeiro-ministro, já que o PIB da região metropolitana da capital japonesa coloca a área entre as 12 maiores economias do mundo.


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