Do Opera Mundi
Dois generais de alto escalão das Forças Armadas da Turquia renunciaram nesta quinta-feira (28), um dia após o governo de Recep Tayyip Erdogan anunciar a exoneração de pelo menos 1.700 militares.
De acordo com fontes ouvidas pela Al Jazeera, a decisão ocorreu em protesto contra o “expurgo” promovido no país após a tentativa de golpe militar em 15 de julho.
A agência Anadolu informou que, dentre as demissões desta quarta, 1.099 se referem a funcionários de menor patente e 436 a funcionários de nível júnior. Além disso, foram demitidos 87 generais do Exército, 30 das Forças Aéreas e 32 almirantes por uma suposta conexão com a tentativa de golpe, que deixou 290 mortos, segundo o governo.
Os generais foram identificados pela CNN na Tuquia como Kamil Basoglu e Ihsan Uyar.
As renúncias ocorreram horas antes do início de uma reunião do Supremo Conselho Militar para discutir o futuro das Forças Armadas no país.
O conselho é formado por várias divisões do Exército, além do primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, e do ministro de Defesa, Fikri Isik.
De acordo com a Al Jazeera, o conselho tinha um encontro programado para o início de agosto, mas foi antecipado em uma semana.
A rede informou que, pela primeira vez, a reunião ocorrerá no palácio Cankaya, residência oficial do primeiro-ministro em Ankara, e não na sede do Exército.
O encontro será presidido pelo presidente Recep Tayyip Erdogan.