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27 de agosto de 2014
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20:51

Em meio a expansão do Estado Islâmico, EUA buscam coalizão antes de intervenção militar na Síria

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Sul 21
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Em meio a expansão do Estado Islâmico, EUA buscam coalizão antes de intervenção militar na Síria
Em meio a expansão do Estado Islâmico, EUA buscam coalizão antes de intervenção militar na Síria

Do Opera Mundi 

Enquanto os jihadistas do EI (Estado Islâmico) conquistam mais posições na Síria, os Estados Unidos afirmaram que pretendem discutir com os países aliados a formação de uma coalizão antes de intervir na Síria e expandir as operações de bombardeio aéreo que já acontecem no Iraque.

“Para uma solução sustentável, precisaremos de parceiros efetivos tanto na forma de governos onde essas ações acontecerão, quanto na contribuição construtiva de outros governos regionais que têm claro interesse no resultado”, disse nesta terça-feira (26) Josh Earnest, porta-voz da Casa Branca.

O presidente Barack Obama ainda não se decidiu sobre a expansão das ações para a Síria, mas nesta segunda-feira tiveram início os voos de reconhecimento do Exército norte-americano sobre o território sírio, espécie de passo prévio para uma eventual intervenção.

A Alemanha, que também discute a questão do grupo jihadista com os EUA, já adiantou que não irá participar de nenhuma ação militar. “No entanto, continuaremos nossos esforços para fortalecer a oposição democrática na Síria”, disse um porta-voz da chancelaria alemã.

Relatório da ONU

Um relatório divulgado nesta quarta-feira (27) pela ONU (Organização das Nações Unidas) afirma que o grupo extremista sunita EI comete crimes de guerra e crimes contra a humanidade de forma regular na Síria, incluindo torturas, assassinatos e estupros.

O documento, elaborado com base em 480 entrevistas e que aborda o período entre 20 de janeiro e 15 de julho deste ano, revela como os jihadistas do EI realizam de forma regular execuções públicas de homens — incluídos menores — acusados de colaborar com outros grupos. O relatório também aborda a tortura pública de mulheres que não seguem o código de vestimenta do grupo e “ousam” sair à rua com seus cabelos ou rosto expostos.

A comissão da ONU que investiga violações aos direitos humanos na Síria também acusou o governo do presidente Bashar al Assad de deliberadamente cometer “massacres” ao atacar consciente e indiscriminadamente áreas habitadas por civis.

O relatório detalhou o uso de cloro, um agente químico, pelo menos oito vezes pelas forças governamentais, e lembrou que seu armazenamento e utilização estão totalmente proibidos. Além disso, a comissão acusou o governo sírio de continuar obstruindo a entrega de assistência humanitária, uma prática que usa como arma de guerra.

Sírios tomam Colinas de Golã

Combatentes da oposição síria, entre eles membros do grupo jihadista Frente al Nusra, tomaram hoje o controle da passagem fronteiriça de Al Qunaitra, que separa a Síria das Colinas de Golã, ocupadas por Israel.

Segundo o OSDH (Observatório Sírio de Direitos Humanos), pelo menos 20 membros das forças do governo sírio e das milícias ligadas a Bashar al Assad morreram nos enfrentamentos.

Em junho de 2013, os opositores sírios haviam tomado durante algumas horas essa passagem fronteiriça, o que levou a Áustria a retirar seus capacetes azuis da missão da ONU no local.

Israel e Síria ainda se encontram tecnicamente em guerra desde que o Exército israelense tomou as Colinas de Golã no conflito de 1967.


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