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25 de abril de 2014
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18:28

Ataques durante jornada eleitoral na Índia deixam pelo menos nove mortos

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Sul 21
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Ataques durante jornada eleitoral na Índia deixam pelo menos nove mortos
Ataques durante jornada eleitoral na Índia deixam pelo menos nove mortos

 

Eleições parlamentares na Índia duram cinco semanas|Foto: Agência Efe
Eleições parlamentares na Índia duram cinco semanas|Foto: Agência Efe

Ópera Mundi *

Pelo menos nove pessoas morreram nesta quinta-feira (24) e outras cinco ficaram feridas, todas elas policiais e agentes do governo, em dois ataques realizados durante a jornada de eleições parlamentares realizadas na Índia. Até o momento, as informações dão conta de que uma das ofensivas foi feita por um grupo insurgente de orientação maoísta e a outra ocorreu na Caxemira, região de maioria muçulmana, onde muitos dos eleitores estão boicotando o pleito.

No estado de Jharkhand, nordeste do país, uma mina terrestre explodiu durante a passagem de um veículo que transportava agentes eleitorais, deixando pelo menos oito mortos (cinco policiais) e inúmeros feridos. A polícia local acredita que a explosão foi causada por um grupo opositor maoísta. O número de vítimas pode aumentar.

Em outra ação armada, um oficial eleitoral morreu e outras cinco pessoas ficaram feridas após um ataque de separatistas na Caxemira, ao norte do país — principal ponto de enfrentamento entre Índia e Paquistão desde a independência do Império Britânico, em 1947.

A jornada desta quinta-feira — a segunda maior do longo processo eleitoral indiano — é a 6ª etapa das dez previstas nas eleições do país, programadas para durar cinco semanas, de 7 de abril a 12 de maio. Nesta rodada, 117 cadeiras estão em disputa em 11 estados e um território da união. Mais de 180 milhões de eleitores foram convocados às urnas no país.

As eleições indianas são as maiores do planeta, com cerca de 815 milhões de pessoas — 100 milhões de jovens estreantes — convocadas às urnas na soma de todas as etapas. Com uma população de 1,2 bilhão de pessoas, a Índia possui um colégio eleitoral superior ao total populacional dos Estados Unidos e da Europa Ocidental juntos.

Com tamanho contingente de sufrágios, o pleito indiano não tem condições de ser realizado em apenas um dia. Ao final de todas as semanas de votação, os eleitores terão escolhido o novo primeiro-ministro do país e seus 543 novos membros da câmara baixa do parlamento local.

Segundo pesquisas realizadas antes do pleito, um forte discurso de mudança presente na sociedade indiana deverá desbancar os 10 anos de predomínio do Partido do Congresso, da dinastia Nahru-Gandhi, cujo candidato para assumir o posto de primeiro-ministro é Rahul Ganhdi. O favorito para o cargo é o direitista Narendra Modi, da oposição nacionalista hindu BJP (Partido do Povo Indiano), com o discurso centrado no desenvolvimento econômico.

* Com informações da Agência Efe


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