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1 de agosto de 2010
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12:36

Casa Branca apela a site que cesse vazamento de dados secretos

Por
Sul 21
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Nubia Silveira

Esta semana começou com uma bomba para a Casa Branca. Municiados pelo site Wikileaks, o jornais New York Times, norte-americano, e The Guardian, inglês, e a revista Der Spiegel, alemã, publicaram informações secretas sobre a guerra no Afeganistão, em nove anos de ocupação. O conteúdo de 90 mil documentos revelou a maquiagem feita da guerra pelos governos de George Bush e Barack Obama. Pelas informações secretas, por exemplo, os Talibãs, auxiliados pelo Irã, tinham armamento de última geração e a OTAN usava aviões-robôs, colocando em risco a população civil. Segundo os documentos, as tropas dos EUA no Afeganistão mantinham uma unidade de “caçadores” para “matar ou capturar” líderes do Talibã, sem julgamento.

Hoje (30) a Casa Branca fez apelo ao site Wikileaks para que cesse o vazamento de dados secretos. O porta-voz do governo norte-americano, Robert Gibbs, disse que a divulgação destas informações coloca em risco a segurança nacional e as vidas de informantes afegãos e de membros do Exército dos Estados Unidos. “Não podemos fazer nada além de implorar à pessoa que detém estes documentos confidenciais para que não os divulgue”, disse Gibs sobre as ações de que o governo poderia tomar, com o fim de impedir o vazamento dos dados secretos.

Bradley Manning, um especialista em inteligência do Exército norte-americano de 22 anos, que serviu no Iraque, está sendo investigado pelo Pentágono, como responsável pelo vazamento das informações. Manning já foi condenado por ter entregue ao Wikileaks um vídeo que mostra o ataque de um helicóptero do Exército americano em Bagdá, no Iraque, em 2007, causando a morte de dois funcionários da Agência Reuters e de outras pessoas. Segundo o Pentágono, Manning teria acessado o Secret Internet Protocol Router Network e baixado os documentos.

Fundador do Wikileaks, Julian Assange afirmou que a Casa Branca foi contatada pelo site, por meio do jornal New York Time, oferecendo ao governo norte-americano os documentos antes de sua divulgação, para ter certeza de que pessoas inocentes não seriam identificadas.

Com informações da Folha de S. Paulo e Carta Capital


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