Dissidentes cubanos criticam Lula e Zapatero

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Sul 21
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Núbia Silveira

Sete dos 11 dissidentes cubanos, que estão em Madri, deram uma entrevista coletiva, nesta quinta-feira (15/7), distribuindo críticas aos presidentes do Brasil e da Espanha. Lula foi acusado por Omar Rodríguez Saludes, um dos dissidentes, de omissão, por não ter levantado a voz para salvar Orlando Zapata, morto depois de 85 dias de greve de fome. Rodríguez disse que “se Lula tivesse intercedido pessoal e publicamente por ele”, Zapata teria tido a chance, mesmo que remota, de sobreviver. Outro cubano, Júlio César Gálvez, afirmou que esperavam solidariedade de Lula, como a recebida de “diversas organizações brasileiras de direitos humanos”.

O presidente José Luiz Zapatero foi criticado Normando Hernández González, que reclamou do status recebido do governo espanhol: o de imigrantes em lugar de refugiados. Ao jornal El Mundo, ele reclamou do hotel em que estão hospedados. Disse que não esperam tratamento cinco estrelas, pois são pessoas humildes. Mas esperam receber as “condições humanas” que merecem. César Gálvez afirmou ter saído de uma prisão com grades para uma sem grades. Segundo o governo espanhol, os dissidentes podem pedir asilo político. No entanto, não deu garantias de que o pedido será atendido.

Com informações de O Globo.


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