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15 de maio de 2010
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13:51

Garzón é suspenso por tentar investigar crimes cometidos no perídodo franquista

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Sul 21
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O juiz espanhol Baltazar Garzón foi suspenso de suas funções como magistrado nesta sexta-feira, pelo Conselho Geral do Judiciário da Espanha, por suposto abuso de poder. Também ficou em análise a autorização para que trabalhe na Corte Penal Internacional, em Haia.

Ele é acusado de prevaricação por abrir de forma ilegal um inquérito, em 2008, para investigar crimes cometidos durante a ditadura do general Franco (1939-1975).  A decisão foi tomada de forma unânime pelos 18 membros do Conselho presentes. Três membros abandonaram o julgamento antes do início, abstendo-se. Com isso, o juiz fica forçado a abandonar as investigações sobre os crimes cobertos por uma lei de anistia na Espanha desde 1977.

Ao deixar o tribunal, o juiz foi recebido por simpatizantes que foram mostrar sua solidariedade. Através da internet, uma manifestação em frente ao Tribunal está sendo mobilizada para ainda hoje.

Garzón ficou conhecido mundialmente, em 1998, por pedir a extradição para a Espanha do ex-ditador chileno Augusto Pinochet, preso durante uma visita a Londres.

O presidente do Conselho, Carlos Dívar, convocou uma Comissão Permanente, prevista ainda para ontem, na qual serão estudados os relatórios sobre a possível incorporação de Garzón à Corte Penal Internacional.

Para acompanhar mais detalhes sobre o caso, a versão online do jornal espanhol “El País” faz uma cobertura completa dos acontecimentos.

(com El País/ Estadão)


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