Da Redação
Educadores, pais e estudantes realizaram nesta segunda-feira (24) um protesto diante da EEEF Estado do Rio Grande do Sul, no Centro de Porto Alegre, contra os planos do governo estadual de transferência da instituição para as dependências da Escola Técnica Parobé.
Segunda a diretora da escola, Elisa Santana Olveira, a direção da instituição foi comunicada no dia 10 de agosto de que a estrutura atual seria utilizada como casa de acolhimento para pessoas em situação de rua durante a pandemia, que seria administrada em parceria entre a pasta, a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos e a Secretaria de Trabalho e Assistência Social.
Um abaixo-assinado virtual circula desde a semana passada para angariar apoio para a manutenção da escola no seu local atual. Nesta segunda, a mobilização ganhou apoio da comunidade e do Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers) no ato. “Minhas duas filhas estão aqui desde o 1º ano e eu não tenho queixa alguma. É uma escola de excelência. Não queremos perder este espaço e não vamos perder”, diz Carla, mãe da Valentina, aluna do 7ª ano, e Rebecca, do 6º.
“Meus filhos estudaram aqui. Meu neto estuda aqui. Eu trabalho aqui há mais de 10 anos. É uma comunidade muito unida e acabar com uma escola como esta é uma atitude insensível, sem cabimento”, afirma a professora Eneida Maria de Freitas.
Oficialmente, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) nega que a mudança esteja definida e alega que o prédio que abriga a Rio Grande do Sul apresenta problemas estruturais. “A Secretaria Estadual da Educação informa que está realizando estudos técnicos preliminares para transferir as atividades da Escola Rio Grande Sul para outro endereço. A iniciativa está sendo realizada com base no laudo da 1ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas (Crop) que identificou problemas estruturais no prédio. A Seduc reitera que não há definição sobre o caso e que todas as medidas serão realizadas juntamente com a direção da instituição de ensino e comunidade escolar”, diz resposta a questionamentos encaminhados pela reportagem na última semana.
