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9 de julho de 2020
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17:39

Webconferência do IFRS sobre racismo é alvo de ataque de ódio

Por
Luís Gomes
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Webconferência do IFRS sobre racismo é alvo de ataque de ódio
Webconferência do IFRS sobre racismo é alvo de ataque de ódio
IFRS campus Restinga | Divulgação

Da Redação

O reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), Júlio Xandro Heck, divulgou nesta quinta-feira (9) uma nota de repúdio aos ataques direcionados à webconferência “Roda de Conversa: como funciona o racismo, um olhar de moradores da Restinga”, promovida pela instituição na quarta-feira (8).

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Segundo a nota, um grupo entrou na transmissão e promoveu um ataque coordenado com “linguagem ofensiva, de cunho racista e sexual”. “Essas pessoas tinham notoriamente o intuito de cercear o debate acadêmico que ocorria com mais de 60 participantes”, diz a nota.

O IF-RS informa que está tomando medidas legais para responsabilizar os autores do ataque.

A invasão de transmissões ao vivo com ataques de ódio é uma prática que tem crescido durante a quarentena, com a proliferação das chamadas lives. Em geral, são ataques previamente coordenados e com o intuito de atrapalhar ou até mesmo tirar do ar as transmissões.

“O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), por meio desta Nota Oficial, manifesta total repúdio a essa prática desrespeitosa e criminosa, e presta sua solidariedade aos organizadores e participantes do evento por esta injustificável ocorrência. Aproveitamos para reafirmar o compromisso institucional com a promoção de um ambiente educacional plural, diverso, democrático e inclusivo que, em hipótese alguma, pode ser confundido com a expressão de discursos de ódio. Os debates sobre a temática étnico-racial são imprescindíveis para a construção de uma sociedade mais justa e equânime, fazem parte dos princípios fundantes do Projeto Pedagógico Institucional e estão em perfeito alinhamento com a missão e valores do IFRS. Ataques, como esse, só demonstram a importância de aprofundarmos ainda mais as reflexões sobre o combate ao racismo e sobre fortalecermos os trabalhos desenvolvidos por nossos Neabi, NAAf e Assessoria de Relações Étnico-raciais do IFRS”, diz a nota.


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