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2 de abril de 2020
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14:03

MST doa 12 toneladas de arroz orgânico para combate à fome

Por
Sul 21
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Cestas básicas serão entregues a famílias em situação de vulnerabilidade. (Foto: Leandro Molina)

Da Redação (*)

Famílias assentadas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) decidiram doar 12 toneladas de arroz orgânico para compor cestas básicas que serão entregues a famílias em situação de vulnerabilidade no Rio Grande do Sul, devido ao Covid-19 e a uma das maiores secas já vista no estado. “Nesse momento tão difícil, de pandemia do coronavírus e de estiagem, todos precisam doar um pouco de si para que possamos passar por isso”, disse Emerson Giacomelli, coordenador do Grupo Gestor do Arroz Agroecológico do MST. Segundo ele, todas as cooperativas gaúchas do movimento participam da doação.

As entregas dos kits com arroz, feijão, farinha, massa, azeite e detergente começaram na quarta-feira (1°) na Lomba do Pinheiro e Vila Cruzeiro, em Porto Alegre, e bairro Santa Isabel, em Viamão. A ação integra a campanha organizada pelo Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do RS (Consea) e Comitê Gaúcho de Emergência no Combate à Fome, formado por representações de diversos setores que estão atuando para atender as famílias carentes, neste primeiro momento na capital e região Metropolitana.

Ao todo, serão doadas 12 toneladas de arroz orgânico. (Foto: Leandro Molina)

Para Sidnei Santos, da direção estadual do MST/RS, diante dessa pandemia, muitos trabalhadores são impossibilitados de exercerem suas atividades produtivas,  o que leva à redução de renda e aquisição de alimentos. “Portanto, essa doação expressa a solidariedade dos assentados, e isso significa repartir aquilo que temos”, pontua.

A participação do MST na campanha começou a ser definida no dia 25 de março, quando o deputado estadual Edegar Pretto (PT) intermediou com o Executivo um pedido para que o governo gaúcho adquirisse produtos dos assentamentos, para distribuir às famílias que estão passando fome diante da crise do coronavírus. A proposta ao governo pede que o Estado adquira os produtos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). De acordo com o deputado, há sinalização positiva do governo sobre o pedido.

A produção do arroz orgânico pelo movimento completa mais de 20 anos e hoje é o maior produtor da América Latina. Conforme Santos, a maioria dessas cooperativas já realizava entregas para escolas estaduais e municipais, por meio de programas de compras institucionais.

Com essa decisão, o MST afirma que se coloca à disposição do governo e do povo gaúcho para ajudar no enfrentamento da crise, com uma iniciativa que vai beneficiar a população em vulnerabilidade social, e ao mesmo tempo ajudar as famílias vinculadas a cooperativas da agricultura familiar e da Reforma Agrária.

(*) Com informações do MST


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