Geral
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10 de março de 2020
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02:09

Em Porto Alegre, milhares participam de ato unificado que encerra programação do 8M

Por
Sul 21
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Ato acontece no final da tarde desta segunfa-feira (9). Foto: Luiza Castro/Sul21

Annie Castro 

Como parte da programação de Porto Alegre para o 8 de março, data que marca o Dia Internacional da Mulher, milhares de manifestantes participaram nesta segunda-feira (9) do ato unificado pela vida das mulheres, contra a violência e pedindo educação e saúde. Intitulada ‘Grande Ato do Dia internacional da Luta das Mulheres’, a mobilização reuniu pessoas de diferentes idades, integrantes de movimentos das mulheres e sociais, assim como membros da sociedade civil e representantes de partidos políticos.

Na concentração do ato, que aconteceu na Esquina Democrática, mulheres representantes de partidos e de movimentos sociais revezaram falas no carro de som e denunciaram diversos tipos de violências enfrentadas pelas mulheres atualmente no Brasil e se posicionaram contrárias às políticas dos governos de Jair Bolsonaro (sem partido), Eduardo Leite (PSDB) e Nelson Marchezan Júnior (PSDB).

A reforma da Previdência, os ataques às universidades, o sucateamento das políticas públicas de combate à violência contra a mulher, o aumento do conservadorismo, medidas econômicas liberais e a precarização dos serviços públicos de saúde e educação foram algumas das medidas citadas no carro de som.

A união frente aos ataques dos governos foi colocada como necessária para barrar os retrocessos dos direitos das mulheres. “Nos reunimos em 2018 para dizer que ‘Ele Não’, e agora nós dizemos que ele [Jair Bolsonaro] não pode continuar, porque o machismo mata, o racismo mata, a transfobia mata, a LGBTfobia mata. A única forma de nos defender é a nossa luta e a nossa mobilização, é unindo as mulheres cisgênero, as mulheres trans, as trabalhadoras, as donas de casa, para enfrentar os ataques do Bolsonaro, do Leite e do Marchezan”, afirmou a deputada estadual Luciana Genro (PSOL).

Também foi ressaltado pelas manifestantes o quanto as políticas dos três governos afetam de formas diferentes homens e mulheres no país. “O congelamento na educação, a falta de vagas nas creches, não é igual para os homens e para as mulheres. O não investimento em saúde, o desemprego, o trabalho precarizado, não atingem igualmente os homens e as mulheres”, disse a pré-candidata à Prefeitura de Porto Alegre pelo PCdoB, Manuela D’Ávila.

Durante toda a caminhada unificada, que seguiu da Esquina Democrática até o Largo Zumbi dos Palmares, músicas e palavras de ordem foram entoadas pelos manifestantes. “Companheira me ajude que eu não posso andar só. Eu sozinha ando bem, mas com você ando melhor”, “Marielle Franco é revolução”, “A nossa luta é todo dia, somos mulheres e não mercadoria” e “Ô Bolsonaro, se liga aí: quem vai te derrubar também são as travestis” foram algumas das músicas mais repetidas durante a marcha.

Confira abaixo fotos do ato unificado: 

Foto: Luiza Castro/Sul21
Porto Alegre, 9/3/2020: Ato do dia internacional da mulher. Foto: Luiza Castro/Sul21
Porto Alegre, 9/3/2020: Ato do dia internacional da mulher. Foto: Luiza Castro/Sul21
Foto: Luiza Castro/Sul21
Foto: Luiza Castro/Sul21
Foto: Luiza Castro/Sul21
Foto: Luiza Castro/Sul21

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