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18 de fevereiro de 2020
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13:40

Petroleiros contestam decisão que declarou greve ilegal e orientam manutenção da paralisação

Por
Luís Gomes
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Petroleiros contestam decisão que declarou greve ilegal e orientam manutenção da paralisação
Petroleiros contestam decisão que declarou greve ilegal e orientam manutenção da paralisação
Petroleiros iniciaram greve no dia 1º de fevereiro | Foto: Gibran Mendes CUT-PR

Da Redação

A direção da Federação Única dos Petroleiros (FUP) divulgou um vídeo nesta terça-feira (18) em que contesta a decisão monocrática do ministro Ives Gandra, do Tribunal Superior do Trabalho, de declarar ilegal a greve da categoria iniciada no dia 1º de fevereiro. A FUP diz que irá recorrer da decisão e que a orientação para os petroleiros é para que mantenham a paralisação.

Em decisão publicada na segunda-feira (17), o ministro Ives Gandra acatou o pedido da Petrobras de que a greve fosse declarada ilegal. “Os prejuízos à sociedade são incomensuráveis com a continuidade da greve e o julgamento do dissídio coletivo está marcado apenas para o próximo dia 9 de março, quando será resolvida definitivamente a questão, não se podendo tolerar a continuidade da paralisação nas condições em que se dá, até aquela altura”, afirma Gandra na decisão.

Para o diretor da FUP Deyvid Bacelar, Gandra poderia ter pautado a greve dos petroleiros na sessão desta segunda (17) da Seção de Dissídio Coletivo (SDC) do TST ou aguardar o julgamento designado para o dia 9 de março. “O mínimo que se esperava era que o ministro Ives Gandra respeitasse a decisão anterior de seus pares na SDC, o que não ocorreu”, diz.

A FUP destaca que, em novembro passado, quando o ministro decidiu isoladamente definir como ilegal a greve dos petroleiros, ele foi derrotado por seus pares na SDC. Na atual greve, Ives Gandra é novamente relator do processo de dissídio coletivo e o sindicato critica o fato de, mais uma vez, ele decidir monocraticamente pela ilegalidade do movimento paredista .

Segundo a FUP, a greve entra nesta terça em seu 18º dia com 21 mil trabalhadores mobilizados em mais de 120 unidades do Sistema Petrobrás. “A força desse movimento histórico está na unidade da categoria peroleira e na resistência aos desmandos da gestão Castello Branco. Qualquer decisão sobre a greve será deliberada coletivamente em assembleias, previamente convocadas pela FUP e seus sindicatos, após deliberação das entidades e publicação de edital específico. A greve é um direito garantido a todos os brasileiros pela Constituição de 1988, dentre eles os petroleiros”, diz o sindicato em nota.

Confira abaixo o vídeo divulgado pela FUP:


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