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1 de dezembro de 2019
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19:08

Ação da PM em baile funk deixa nove pessoas mortas em São Paulo

Por
Sul 21
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Ação da PM em baile funk deixa nove pessoas mortas em São Paulo
Ação da PM em baile funk deixa nove pessoas mortas em São Paulo

Da Revista Fórum

Oito homens e uma mulher morreram após uma ação da Polícia Militar do estado de São Paulo. As mortes ocorreram durante um baile funk na comunidade de Paraisópolis, Zona Sul da capital Paulista. Estima-se que cerca de cinco mil pessoas estivessem no local.

A PM realizava a Operação Pancadão, que visa “garantir o direito de ir e vir do cidadão e impedir a perturbação do sossego, fiscalizando a emissão ruídos proveniente de veículos”, segundo a Secretaria de Segurança Pública.

Pessoas que estavam na festa afirmam que os policiais armaram uma emboscada. Uma adolescente de 17 anos ficou ferida durante a confusão e disse que a PM começou a agredir os frequentadores do baile. “Eu não sei o que aconteceu, só vi correria, e várias viaturas fecharam a gente. Minha amiga caiu, e eu abaixei pra ajudá-la. Quando me levantei, um policial me deu uma garrafada na cabeça. Os policiais falaram que era pra colocar a mão na cabeça”.

A versão da Polícia Militar é que dois homens em uma motocicleta teriam atirado contra os agentes. A dupla fugiu em direção ao baile funk, ainda efetuando disparos, o que causou tumulto entre os frequentadores do evento.

“É uma rua com duas ou três saídas. Eles fecharam e coagiram. Atiraram com arma de fogo – não só com bala de borracha. Bateram com cassetete, fora spray de pimenta. Eles estavam só curtindo. Os policiais fecharam a rua. Teve corre-corre, pisoteamento de adolescente. Gás de pimenta, bala de borracha, e ainda estavam agredindo pessoas. Foi um policial que atacou garrafa de vidro na minha filha”, disse a mãe da jovem ferida.

“Aparentemente, foi uma ação desastrosa da PM que gerou tumulto e mortes. Não se justifica esse tipo de ação. Deveria ter um planejamento melhor”, comentou Ariel de Castro Alves, advogado, conselheiro do Condepe (Conselho Estadual de Direitos Humanos).

Nas redes sociais circulam vídeos que mostram policias agredindo os frequentadores da festa.


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