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8 de novembro de 2019
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15:44

Presidente do Sindbancários pede retirada da PEC que acaba com plebiscito para venda de estatais

Por
Sul 21
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Presidente do Sindbancários pede retirada da PEC que acaba com plebiscito para venda de estatais
Presidente do Sindbancários pede retirada da PEC que acaba com plebiscito para venda de estatais
Everton Gimenis, presidente do Sindbancários (Foto: Divulgação)

Da Redação (*)

O presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre (Sindbancários), Everton Gimenis, defendeu quinta-feira (7), no período da Tribuna Popular, na Assembleia Legislativa gaúcha, a retirada da PEC 280 2019, que acaba com a obrigatoriedade de plebiscito para a venda de empresas públicas. Gimenis criticou a proposta, de autoria do deputado Sérgio Turra (PP) e outros 24 deputados, e pediu a suspensão de sua tramitação.

O sindicalista classificou a proposta de “antidemocrática” e alertou que sua eventual aprovação significa “um golpe no povo”. “Os verdadeiros donos do patrimônio do Rio Grande do Sul não são os deputados e nem o governo de plantão, mas o povo gaúcho. Então, é justo que ele decida, como determina o artigo 22 da Constituição Estadual”, defendeu.

Para o presidente do Sindbancários, o governo quer evitar um debate sobre a privatização de empresas públicas, pois sabe que mais de 70% da população do Rio Grande do Sul é contra a venda de ativos. A PEC 280/2019, na sua avaliação, abre caminho para a privatização de empresas estratégicas, como o Banrisul, Corsan e Procergs, como impactos severos na cotidiano da população.

Rebatendo argumentos de setores governistas que consideram as privatizações necessárias para o Estado sair da crise, Gimenis lembrou que argumentos semelhantes foram utilizados na década de 1990, quando a CRT e parte da CEEE foram entregues à iniciativa privada. “Diziam que era a solução para a crise. Não resolveu o problema e ainda aprofundou a crise”, apontou, lembrando que os dois estados mais endividados do País – Rio de Janeiro e Minas Gerais – venderam seus bancos públicos, mas não se equilibraram financeiramente.

A privatização do Banrisul, alertou, significará que o Estado abrirá mão de “um importante instrumento de fomento econômico” e que a entrega da Corsan poderá colocar em risco a atendimento de populações pobres.

(*) Com informações da Agência de Notícias AL/RS.


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