Da Redação (*)
O Sindicato dos Metroviários do Rio Grande do Sul (Sindimetrô/RS) divulgou nota repudiando a informação divulgada na imprensa, esta semana, dando conta de que a direção da Trensurb não investirá na climatização dos trens. Para a direção do Sindimetrô/RS, mais uma vez a empresa não cumpre as promessas e quem sai prejudicada é a população que usa o serviço, e os metroviários que trabalham em condições precárias.
Em janeiro de 2018, durante o governo Temer, o sindicato ingressou na justiça questionando o aumento de quase 100%, que fez a tarifa saltar de R$1,70 para R$3,30. Em março de 2019, já no governo Bolsonaro, outro aumento, dessa vez de 27%, elevando a passagem unitária de R$3,30 para R$4,20, um índice muito acima da inflação.
A explicação para o aumento foi de que o serviço receberia melhorias no sistema operacional, incluindo a rede de energia, acessibilidade nas estações e a instalação de ar condicionado em 25 trens antigos.
O Sindimetrô/RS denuncia a falta de consideração que a Trensurb tem com as dezenas de milhares de passageiros, que utilizam o serviço diariamente e com os metroviários. “Não cumprem o compromisso de melhorar o serviço para a população e não deram qualquer aumento aos metroviários. Aonde foi parar todo esse dinheiro arrecadado com os aumentos absurdos?”, pergunta a entidade.
“Mantendo o serviço cada vez mais sucateado a empresa passa a impressão de incompetência. Isso leva o usuário a acreditar que a privatização é a única solução. Só que essa estratégia é um tiro no pé, pois a privatização só visa o lucro, não a qualidade”, acrescenta. Para o Sindimetrô/RS a Trensurb economizaria recursos se cortasse o exagerado número de cargos em comissão e de funções gratificadas, que oneram a empresa em mais de R$ 20 milhões por ano.
“A população e a categoria dos metroviários querem saber: o que está por trás da decisão da direção da Trensurb, que desistiu de instalar ar condicionado nos trens antigos? A passagem será reduzida?”, questiona ainda o Sindicato.