Da Redação
Metroviários, apoiados por trabalhadores de outras estatais, lotaram o Plenarinho da Assembleia Legislativa na noite da última quinta-feira (24) para audiência pública sobre os impactos da privatização da Trensurb. Em conjunto, representantes de diversas entidades sindicais decidiram fazer uma grande plenária e organizar um comitê com representantes dos trabalhadores que estejam com seus empregos e direitos ameaçados pela privatização.
O Sindimetrô/RS defendeu a tarifa social e alertou para a elevação do preço da passagem, caso o sistema seja privatizado. Luis Henrique Chagas, presidente da entidade, lembrou que os serviços já terceirizados na Trensurb são os grandes motivos de reclamação dos usuários do sistema.
Depois de 10 anos sem aumento, em 2018, durante o governo Michel Temer (MDB), a tarifa da Trensurb passou de R$ 1,70 para R$ 3,30. Em março deste ano subiu outra vez, para R$ 4,20. À época, o Sindimetrô já afirmava que os aumentos tinham como objetivo repassar a companhia para a iniciativa privada. “Neste caso, as tarifas são aumentadas para que um futuro comprador assuma o controle com uma boa margem de lucro”, afirmava o sindicato.
Na audiência, o presidente da entidade sindical denunciou também o afastamento sumário dos metroviários que participaram da última greve. “Os companheiros não tiveram direito de defesa e estão sem o pagamento dos seus salários. A empresa julgou, condenou e aplicou a pena. Exigimos a imediata readmissão desses trabalhadores”, enfatizou Chagas.
A Audiência Pública proposta pelo deputado federal Elvino Bohn Gass (PT) contou com a presença de Fernanda Melchiona (PSOL), dos deputados estaduais Sofia Cavedon e Jeferson Fernandes (PT) e Luciana Genro (PSOL).
Metroplan e EPTC representaram os governos estadual e municipal, respectivamente. A Trensurb mandou um representante.
