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26 de setembro de 2019
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21:49

Valor da passagem é o principal motivo de evasão do Julinho, aponta pesquisa feita por orientadora

Por
Luís Gomes
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Valor da passagem é o principal motivo de evasão do Julinho, aponta pesquisa feita por orientadora
Valor da passagem é o principal motivo de evasão do Julinho, aponta pesquisa feita por orientadora
Colégio Estadual Julio de Castilhos | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Da Redação*

Uma pesquisa feita pela orientadora Gina Marques, do Colégio Estadual Julio de Castilhos, o Julinho, com 128 alunos com problemas de frequência apontou o elevado valor da passagem de ônibus como o principal fator que explica as faltas de alunos da escola.

Marques entrou em contato pessoalmente com 128 alunos com elevados índices de falta para entender os motivos para o afastamento. Trinta e quatro deles responderam que não conseguem ir às aulas porque não têm recursos para a passagem, que, em Porto Alegre, está em R$ 4,70. Os estudantes têm direito ao meio passe estudantil.

“Nossos alunos vêm de muito longe pois não há vagas no bairro onde residem. Por isso eu acho que a questão não é fechar escolas, como quer o governo, mas sim abrir. Se o estudante não tem dinheiro para passagem e passa dificuldades para chegar até a escola, são altas as chances de ele desistir e não querer mais estudar”, diz a orientadora.

A segunda causa apontada pelo levantamento para a infrequência é “matar aula” ou chegar atrasado (33), seguida por gravidez, doença familiar ou necessidade de trabalhar para ajudar a família (28). A pesquisa também apontou um alto índice de estudantes que não comparecem às aulas por doenças, ansiedade e depressão (21).

Para a diretora do colégio, Maria Berenice Alves, falta uma política por parte do governo do Estado que dê suporte aos estudantes e evite a evasão. “Aqui nós recebemos alunos de tudo quanto é canto, Canoas, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Camaquã. Nos últimos anos, perdemos muitos deles. Por mais que a causa seja a falta de dinheiro, o estudante precisa se sentir acolhido, mas cortando recursos das escolas o governo não permite isso”, diz.

*Com informações do Cpers


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