Da Redação*
Desenvolvido no noroeste do Rio Grande do Sul, o projeto ‘Mulheres Defensoras dos Direitos Humanos Bordando a Resistência’ busca debater as violações de direitos humanos ocasionadas pela construção e operação de barragens. A iniciativa irá abranger os municípios de Porto Lucena, Alecrim, Porto Mauá e Novo Machado, que são ameaçados pela construção do Complexo Hidrelétrico Binacional Garabi-Panambi, entre o Brasil e a Argentina.
O projeto utiliza a técnica de bordado chilena conhecida como Arpillera, que era usada por mulheres do Chile para denunciar os abusos sofridos durante a ditadura de Pinochet. Agora, o Movimento dos Atingidos Por Barragens resgatou essa técnica no Brasil como ferramenta de organização e luta popular.
Assim, por meio do projeto realizada pela Associação de Proteção à Vida (APROVI), com apoio da Fundação Luterana de Diaconia (FLD) em parceria com o MAB/RS, as mulheres dos municípios da região noroeste do Estado irão utilizar as Arpilleras para denunciar a falta de informações sobre a construção das hidrelétricas e garantia de direitos para as populações ameaçadas por esses empreendimentos.
Ao todo, serão realizadas quatro oficinas de confecção de Arpilleras no mês de setembro, seguidas de um encontro em outubro e um encontro de fechamento do projeto para apresentação dos resultados e exposição das Arpilleras, que ocorrerá no município de Santa Rosa, no começo de novembro.
A oficinas acontecerão nas seguintes datas:
17/09 em Porto Lucena
23/09 em Alecrim
25/09 em Porto Mauá e
26/09 em Novo Machado
*Com informações do Movimento dos Atingidos por Barragens do Rio Grande do Sul (MAB/RS)