O governo Jair Bolsonaro liberou nesta segunda-feira (22) novo lote de registro de agrotóxicos, chegando a 262 produtos liberados somente neste ano. Entre os agrotóxicos autorizados está o sulfoxaflor, responsável por exterminar mais de meio bilhão de abelhas em quatro estados brasileiros entre os meses de janeiro e março – quando o projeto ainda estava em fase de testes.
Ex-líder da bancada ruralista, na ocasião, a ministra disse que o agrotóxico responsável pela morte das abelhas não estava registrado no Brasil.
“O problema das abelhas é que foi usado um produto chamado Sulfoxaflor. Esse produto não está registrado no Brasil. Esse é o grande problema dessa fila enorme. Esse produto muito provavelmente entrou de maneira ilegal, está sendo usado de maneira errônea e causou a morte das abelhas”, afirmou.
Polêmicas
O Sulfoxaflor é classificado pela Anvisa como “medianamente tóxico”, mas fora do Brasil é alvo de polêmica. Em agosto, pesquisadores da Universidade de Londres demonstraram que, sob certas condições, o inseticida tem um impacto negativo sobre a produção reprodutiva de colônias de abelhas, reduzindo em 54% o tamanho das colmeias.
Dow afirma que não atua mais no segmento de defensivos agrícolas
A respeito do referido agrotóxico, a empresa Dow enviou nota, dizendo que não está atuando mais com a fabricação desses empresas. A nota afirma:
“Nos últimos dias, a Dow vem sendo mencionada na grande imprensa como fabricante do herbicida Rinskor. A empresa esclarece que este produto e as demais soluções sob a marca Dow AgroSciences não pertencem mais à companhia. Elas são propriedade da Corteva AgriscienceTM, nova companhia agrícola que resultou da fusão de iguais entre Dow e DuPont e que no dia 01 de junho de 2019 passou a operar como empresa independente e de capital aberto.
A Dow informa que, desde 01 de abril de 2019, é uma empresa de ciência dos materiais exclusivamente focada em três mercados-chave: embalagens, infraestrutura e cuidados do consumidor. Ela é indicada como fabricante do Rinskor no Diário Oficial da União, porque, na época da submissão do registro, a entidade legal da unidade de produção do herbicida tinha a denominação The Dow Chemical Company. No entanto, após a fusão de iguais com a DuPont e consequente separação em uma empresa independente, essa unidade fabril passou a ter a denominação Dow Agrosciences LLC, propriedade da Corteva Agriscience”.