Geral
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11 de junho de 2019
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20:52

Palácio da Polícia registra 40 presos algemados inadequadamente ao mesmo tempo

Por
Luís Gomes
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Palácio da Polícia registra 40 presos algemados inadequadamente ao mesmo tempo
Palácio da Polícia registra 40 presos algemados inadequadamente ao mesmo tempo
A carceragem do local ficou superlotada com 40 presos aguardando transferência para o sistema prisional. Foto: Ugeirm

Da Redação

Os servidores do Palácio da Polícia suspenderam os atendimentos à população no início da tarde desta terça-feira (11) depois que a carceragem do local ficou superlotada com 40 presos aguardando transferência para o sistema prisional algemados em condições precárias. A paralisação foi revertida depois que, em reunião, a chefe de Polícia do Rio Grande do Sul, Nadine Anflor, se comprometeu com representantes dos policiais civis que os presos seriam transferidos até o final da tarde.

Presidente do Ugeirm, sindicato que representa a categoria, Isaac Ortiz destacou após a reunião que a chefe de Polícia sempre busca solucionar rapidamente o problema quando demandada pelos policiais, mas pondera que é um problema que se repete com frequência pelo menos desde 2015 devido à falta de vagas no sistema prisional. Segundo ele, a posição da chefe de Polícia é que a questão da superlotação das delegacias só será resolvida quando forem concluídas as obras dos presídios de Sapucaia do Sul e de Alegrete. O primeiro, com 600 vagas, tem previsão de conclusão para outubro. O segundo, com 286 vagas, tem previsão de 12 meses.

Ortiz defende que é melhor encaminhar os presos para um dos presídios atuais, ainda que já esteja com lotação máxima, do que mantê-los algemados nas delegacias. “Por pior que seja a situação do presídio, é melhor do que estar algemado em qualquer lugar fora do presídio”, diz, acrescentando ainda que o governo precisaria fazer um esforço concentrado para resolver o problema, uma vez que ele acaba impedindo a atuação dos servidores da Polícia Civil e também de brigadianos que precisam acompanhar os presos mantidos algemados em delegacias.


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