Da Redação
Milhares de policiais de diversas forças de segurança estaduais e federais participaram nesta terça-feira (21) de uma manifestação contra a reforma da Previdência diante do Palácio do Planalto, em Brasília. A manifestação foi convocada pela União dos Policiais Brasileiros (UPB) e, segunda a organização, contou com 5 mil participantes.
Durante o ato, os manifestantes acusaram o presidente Jair Bolsonaro (PSL) de “trair” as polícias, argumentando que grande parte dos servidores dessas categorias votaram nele em 2018. Uma das principais críticas que eles fazem é quanto a diferenciação criada na reforma entre militares e as demais forças de segurança. Os policiais também reclamam da falta de regras de transição específicas para os policiais que já estão em serviço, da não diferenciação de idade mínima entre homens e mulheres policiais, da diferença das alíquotas de contribuição entre civis e militares e do fato de que a reforma abre a possibilidade de cobrança de alíquota extra de até 8% dos servidores públicos.
Na semana passada, representantes da UPB participaram da entrega na Comissão Especial da Reforma da Previdência de uma emenda que prevê a manutenção das atuais regras de integralidade e paridade das aposentadorias, inclusive das pensões, o que foi garantido aos militares. A emenda também também propõe regras diferenciadas para as mulheres policiais e de transição para os atuais trabalhadores civis da segurança pública, o que também está na proposta para os militares.
Uma comitiva de policiais civis, rodoviários e federais que atuam no Rio Grande do Sul esteve no ato após a participação das categorias ser aprovada em assembleia conjunta realizada no dia 7 de maio. “Se a reforma não é boa para os militares, não é boa para as polícias. Nós, que arriscamos a vida todos os dias, queremos a mesma Previdência dos militares”, disse, na ocasião, Isaac Ortiz, presidente do Ugeirm, sindicato de policiais civis do RS.
