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16 de maio de 2019
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12:32

Feiras ecológicas da Redenção adotam sábado sem sacolas plásticas

Por
Sul 21
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Feiras ecológicas da Redenção adotam sábado sem sacolas plásticas
Feiras ecológicas da Redenção adotam sábado sem sacolas plásticas
Divulgação

 Da Redação (*)

A Feira dos Agricultores Ecologistas (FAE) e a Feira Ecológica do Bom Fim (FEBF), de Porto Alegre, se uniram em busca de um objetivo comum: reduzir o uso de embalagens entre seus frequentadores. As feiras ambas selaram uma parceria inédita e implantarão, a partir do dia 25 de maio e, na sequência, uma vez ao mês, a campanha Sábado sem Sacola Plástica.

Juntas, a primeira e segunda quadras – ambas orgânicas, mas que contam com diferentes sistemas internos de organização – somam 138 bancas, distribuindo, em média, 265 sacolas por box a cada sábado. Fazendo as contas, são 36,5 mil sacolas por feira, ou cerca de 2 milhões de sacolas ao ano. O resíduo pode levar até 400 anos para se decompor na natureza. O impacto só não é maior porque entre os consumidores há um grande número de pessoas que levam sua própria bolsa.

A ideia é, no último sábado de cada mês, estimular os cerca de 15 mil consumidores que passam pelo espaço a cada feira a levarem suas bolsas retornáveis de casa. No caso de isso não acontecer, serão comercializadas sacolas retornáveis confeccionadas por artesãs e cooperativas da economia solidária no dia da atividade. Em último caso, sacolinhas plásticas serão cobradas.

O lançamento da ação ocorre dentro da Semana do Alimento Orgânico e antecipa as comemorações da Semana Mundial do Meio Ambiente, celebrada nos primeiros dias de junho. O objetivo é o de estimular práticas sustentáveis que, assim como o manejo livre de agrotóxicos, diminuam impactos ambientais e auxiliem na proteção e preservação do planeta.

Impacto amenizado

Em recente campanha, ocorrida entre 11 de agosto de 2018 e 23 de fevereiro de 2019, a FAE lançou ação na qual quem não solicitava sacola plástica durante as compras recebia uma ficha para colocar seus dados e depositar em uma urna. No último sábado de cada mês, eram sorteadas quatro cestas com diversos produtos orgânicos. Em apenas um mês, o índice desse tipo de embalagem reduziu em 30,5%. A ideia agora é avançar nos objetivos em busca de uma diminuição ainda maior da geração do resíduo.

Duas feiras em uma

A Feira dos Agricultores Ecologistas (FAE) iniciou no segundo sábado de outubro de 1989. Foi idealizada e organizada pela Cooperativa Ecológica Colmeia para comemorar o Dia Mundial da Alimentação e Dia Mundial de Luta Contra os Agrotóxicos. Com o fechamento da Cooperativa Ecológica Coolmeia em 2004, os associados agricultores e feirantes idealizaram e construíram a Associação dos Agricultores Ecologistas Solidários do RS, para representá-los e dar continuidade aos trabalhos e processos desenvolvidos na Avenida José Bonifácio, entre a Avenida Osvaldo Aranha e Rua Santa Terezinha.

A Feira Ecológica do Bom Fim surgiu em agosto de 1991 na quadra seguinte, entre as ruas Vieira de Castro e Santa Teresinha, atendendo à crescente demanda tanto de novos agricultores em busca de um espaço para comercializar alimentos sem o uso de agrotóxicos e adubos químicos como de consumidores por este tipo de produto, marcando a segunda iniciativa do gênero no país com esse foco. Ela foi viabilizada através de tratativas com o Executivo municipal.

Atualmente as duas quadras somam 138 bancas e mais de 300 pessoas na venda direta, todas com produtos 100% orgânicos e certificados, sendo a maior feira nesses moldes no planeta.

No espaço, famílias de agricultores organizadas em cooperativas e associações oriundas de Porto Alegre, região Metropolitana, Serra gaúcha, Litoral norte, entre outras localidades do Estado, levam o resultado de sua produção para consumo todos os sábados, inclusive feriados, das 7h às 13h, independente de chuva ou tempo ruim.

(*) As informações são das assessorias de comunicação da Feira Ecológica do Bom Fim e da Feira dos Agricultores Ecologistas (FAE).


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