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31 de maio de 2019
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13:53

Feira Ecológica do Menino Deus celebra 25 anos com ato em apoio ao espaço

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Sul 21
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Feira Ecológica do Menino Deus celebra 25 anos com ato em apoio ao espaço
Feira Ecológica do Menino Deus celebra 25 anos com ato em apoio ao espaço
Reprodução/Facebook

Por Elson Schroeder (*)

A Feira Ecológica do Menino Deus está completando 25 anos. A data será celebrada no dia 5 de junho, uma quarta-feira, a partir das 14h, com um ato de apoio à iniciativa e a busca à exclusividade de uso por produtores orgânicos certificados do galpão que fica no pátio da Secretaria de Agricultura do Estado do RS. Às 15h30min está previsto o ato de assinatura, por parte do secretário Covatti Filho, do termo de renovação do contrato de ocupação do local.

A Feira nasceu em um tempo onde poucos acreditavam ser possível cultivar sem o uso de agrotóxicos, afirmação que caiu por terra nos dias atuais e vem ganhando cada vez mais adeptos. Atualmente duas edições da feira ecológica acontecem neste espaço: quartas à tarde e sábados pela manhã. Elas envolvem mais de 500 famílias na produção, somando 63 bancas e atendendo diretamente cerca de 8 mil consumidores por semana, fortalecendo a agricultura familiar ecológica e a aproximação do campo com a cidade.

Hoje intitulada Feira Ecológica do Menino Deus, a iniciativa surgiu batizada de Feira da Cultura Ecológica em 1994, organizada pela cooperativa Coolmeia. Os feirantes se reuniam embaixo de uma grande lona improvisada. Em 1999 foi criada, no mesmo local, uma nova edição às quartas-feiras. No ano de 2001 foi construída uma cobertura multiuso em substituição às lonas que protegiam o espaço.

Mais que um ponto de venda direta de alimentos orgânicos, a Feira é um espaço de convivência e de trocas no coração de um dos bairros mais conhecidos da Capital gaúcha. No local também se tornou um espaço referência do movimento ambientalista, com atividades ligadas à preservação do meio ambiente, alimentação consciente, saúde, visitas de escolas e aulas abertas no gramado (yoga, danças e tai chi chuan), entre outras.

Em março deste ano a Feira, que é referência no Brasil e Exterior como ponto de venda direta no setor orgânico, e seus feirantes receberam com espanto e preocupação a notícia, via imprensa, de que o espaço onde comercializam há 25 anos seria liberado para feiras convencionais por determinação da Secretaria Estadual da Agricultura. A partir daí feirantes, consumidores e entidades simpatizantes se uniram e criaram, entre outras ações, abaixo-assinados físicos e eletrônicos que já somam milhares de adesões. Em todos os anos de feira os custos com infraestrutura têm sido mantidos pelo coletivo de feirantes, como o desembolso de R$ 45 mil na reforma do telhado em 2016, além da manutenção dos banheiros e do estacionamento, entre outros.

Além da preocupação de o local ser compartilhado com as referidas feiras, que sabidamente vendem produtos com agrotóxicos, há o risco de contaminação dos materiais e áreas afins por veneno utilizado nas lavouras.

(*) Da Assessoria de Comunicação Associação Agroecológica.


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