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10 de maio de 2019
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21:01

Dia Nacional em Defesa da Educação será maior ato desde eleição de Bolsonaro, diz UNE

Por
Sul 21
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Dia Nacional em Defesa da Educação será maior ato desde eleição de Bolsonaro, diz UNE
Dia Nacional em Defesa da Educação será maior ato desde eleição de Bolsonaro, diz UNE
Estudantes, professores e funcionários têm se mobilizado para o dia 15 de maio / DCE da UFBA

Bruna Caetano
Do  Brasil de Fato

Nos últimos dias, as redes sociais foram tomadas por vídeos e fotos das mobilizações organizadas nas universidades públicas e Institutos Federais (IFs). O motivo é o corte de 30% na verba da educação, suspensão de bolsas de pós-graduação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e ataques ao ensino no país, promovidos pelo presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Jessy Dayane, vice-presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), falou ao Brasil de Fato sobre as expectativas para o Dia Nacional em Defesa da Educação, 15 de maio, quando acontecerão atos em todo o país.

Até esta quinta-feira (10), já eram cerca de 80 manifestações e assembleias marcadas em universidades públicas de vários estados, organizadas por estudantes universitários, docentes, técnicos das universidades, IFs, secundaristas e professores da educação básica.

“Esse corte coloca em risco a universidade pública e, consequentemente, a possibilidade de vários jovens que estão na educação básica de acessar o ensino superior. Esse corte acaba com o sonho de uma geração, de estudar em uma universidade pública, gratuita e de qualidade”, disse Dayane.

Ela também lembrou que, além dos estudantes, a sociedade civil também é fortemente impactada, já as universidades públicas produzem pesquisas que visam o desenvolvimento social, científico e tecnológico.

Algumas universidades já iniciaram suas mobilizações, como a Universidade Federal da Bahia (UFBA), que reuniu aproximadamente 3 mil estudantes, professores e funcionários em um ato no dia 6 de maio. No dia 8, cerca de 5 mil da Universidade Federal Fluminense (UFF) foram às ruas contra o corte de verbas.

Já nos Institutos Federais, foi criada a campanha #TiraAMãoDoMeuIF, que mobilizou alunos dos IFs em todo o país.

No dia 15, a efervescência estudantil gerada nos últimos dias deve chegar em seu auge. 

“A nossa expectativa é que a mobilização seja muito grande. Sem dúvida será o maior ato desde que o governo Bolsonaro foi eleito, e há uma tendência de envolvimento do conjunto da sociedade” acredita Dayane.

Segundo a vice-presidenta, a mobilização sobre a pauta da educação brasileira deve dar fôlego também para a greve geral contra a reforma da Previdência, no dia 14 de junho.


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