Sob o título “Virando ao avesso a reforma da Previdência”, a CUT-RS promove, em parceria com a CTB e a Intersindical, nesta sexta-feira (12), das 19h às 22h, uma aula pública com o ex-ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, no plenário Otávio Rocha da Câmara Municipal de Porto Alegre (Avenida Loureiro da Silva, 255).
Segundo o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, o objetivo é tirar dúvidas e trazer esclarecimentos, especialmente aos dirigentes sindicais, sobre essa proposta nefasta do governo Bolsonaro, que representa o fim do sonho de aposentadoria para milhões de trabalhadores e trabalhadoras e o desmonte da Seguridade Social.
“Muito pior do que a do golpista Temer, essa reforma tem que ser igualmente derrotada com uma nova greve geral. Para tanto, temos que conhecer as maldades dessa proposta para despertar os trabalhadores que ainda não acordaram para a crueldade que ela representa para o presente e o futuro da classe trabalhadora”, destaca Nespolo.
Gabas, especialista em Previdência, discorda dos argumentos utilizados para justificar essa reforma. Segundo ele, “o governo tem gastado muito dinheiro para dizer por aí que a Previdência está quebrada”.
“Eu afirmo a vocês: a Previdência não está quebrada”, destaca o ex-ministro. “É claro que temos desafios para serem enfrentados, seria hipócrita se dissesse que a Previdência não tem problema, tanto que no governo do presidente de Lula e da presidenta Dilma criamos espaços para discussão sobre a Previdência, mas eu digo que, se vou reformar minha casa, eu vou destruir minha casa? Não, eu vou melhorar minha casa”, compara.
Conforme Gabas, existe um projeto de desmonte da Previdência Social e a atual proposta de modificar o sistema de aposentadorias ataca diretamente os mais pobres. Ele avalia que o impacto das mudanças na economia de pequenas cidades brasileiras seria negativo e defende que as câmaras municipais promovam debates sobre o tema com a população.
“A Previdência não está quebrada, ela não é inviável; ela existe para atender as necessidades do nosso povo e o que precisa é ser consolidada, ampliada, isso que o governo faz é tirar recurso da Previdência e da Seguridade”, explica. “Por isso, nós somos contra essa reforma e precisamos fazer um debate para saber como fortalecer a Previdência, não acabar com ela”, enfatiza Gabas.
