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23 de abril de 2019
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22:03

Com cortes do governo Bolsonaro, Museu Goeldi corre o risco de fechar área aberta a visitação

Por
Sul 21
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Com cortes do governo Bolsonaro, Museu Goeldi corre o risco de fechar área aberta a visitação
Com cortes do governo Bolsonaro, Museu Goeldi corre o risco de fechar área aberta a visitação
O Museu Goeldi é o o segundo mais antigo do país. Foto: Divulgação/Portal Brasil

Da Redação*

O Museu Paraense Emílio Goeldi, o segundo mais antigo do país e importante centro de pesquisa vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do Brasil (MCTIC), além de símbolo no mapeamento da biodiversidade da Amazônia, corre o risco de precisar suspender a visitação do público ao Parque Zoobotânico, uma das bases físicas da Instituição, que está localizado em Belém, no Pará.

Segundo informações da Conexão AMZ, do jornal O Liberal, o Goeldi está sendo afetado pelo corte no orçamento do MCTIC, que terá o contingenciamento de 42,2% das verbas previstas para a pasta em 2019. A medida, anunciada há algumas semanas pelo Governo de Jair Bolsonaro (PSL), fez com que o orçamento previsto para o Museu neste ano caísse de R$ 15 milhões para R$ 11 milhões. Com a redução nos recursos, o centro de pesquisa talvez não tenha como manter a limpeza e segurança dos espaços, que são serviços terceirizados, e também precise, a partir de outubro, suspender parte das atividades que desempenha.

“Não temos possibilidade de manter o parque com a redução desses contratos. Em 2017, tivemos roubos, invasão, casos de dengue no campus por falta de limpeza”, afirmou Ana Luisa Alberna, diretora geral do Museu, em entrevista à Conexão AMZ. Em 2017, o Museu já havia sofrido uma grave crise financeira e corrido o risco de precisar fechar o Parque Zoobotânico e a Estação Científica Ferreira Penna na Floresta Nacional de Caxiunã, criados, respectivamente, há 124 e 26 anos. Durante a crise, o então diretor geral da Goeldi lançou uma carta aberta ao público esclarecendo os perigos que os espaços corriam devido aos diversos cortes orçamentários promovidos pelo Governo Federal na época.

Além das áreas abertas à visitação do público, que recebem cerca de 400 mil turistas ao ano, a Instituição é responsável por catalogar as espécies de fungos, plantas e animais presentes na região da Amazônia e apresenta pesquisas em áreas como Botânica, Linguística, Arqueologia e História, por exemplo. O Goeldi também atua na educação sócio-ambiental sobre as espécies da flora e da fauna e da população amazônica.

*Com informações da Conexão AMZ


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