Da Redação
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange foi preso na manhã desta quinta-feira (11) pela polícia britânica na embaixada do Equador, em Londres, onde estava refugiado desde 2012. O WikiLeaks é uma organização que divulga documentos confidenciais de governos e empresas. A polícia londrina afirmou que a prisão tem relação com um pedido de extradição contra Assange feito por autoridades norte-americanas. Os policiais entraram na embaixada após o presidente equatoriano, Lenín Moreno, suspender o asilo que concedia a ele.
Segundo o presidente, Assange violou os termos acordados para permanência na embaixada ao longo dos anos. Ele disse que o asilado não tinha o direito de “hackear contas privadas ou telefones” e não podia intervir na política de outros países, especialmente aqueles que têm relações amistosas com o Equador.
O WikiLeaks interpretou a decisão do Equador como “ilegal”. Na quarta-feira (10), o portal divulgou que Assange foi espionado durante parte do período em que ele ficou na embaixada. Kristinn Hrafnsson, editor-chefe do WikiLeaks, disse que as informações podem ter sido entregues ao governo do presidente dos EUA, Donald Trump. Assange é investigado naquele país pelo maior vazamento de documentos da sua história.
Edward Snowden, que vazou as provas de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA), afirmou que: “Os críticos de Assange podem festejar, mas este é um momento sombrio para a liberdade de imprensa.”