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18 de fevereiro de 2019
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14:28

Assembleia Nacional em São Paulo prepara resistência à reforma da Previdência

Por
Sul 21
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14/02/2019 – PORTO ALEGRE, RS – Ato contra a reforma da previdência na Esquina Democrática. Foto: Joana Berwanger/Sul21

Da RBA

No mesmo dia em que o governo Bolsonaro deve enviar ao Congresso Nacional a sua Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pretende restringir o acesso às aposentadorias dos setores público e privado, os trabalhadores realizam Assembleia Nacional, aberta ao público em São Paulo nesta quarta-feira (20), para definir um plano unitário de lutas contra a chama reforma da Previdência.

Convocam a assembleia aberta todas as centrais sindicais do país – CUT, CTB, Força Sindical, Intersindical, Nova Central, CGTB, CSP-Conlutas e CSB. Em São Paulo, os trabalhadores se reúnem a partir das 10 horas da manhã na Praça da Sé, no centro da capital. Outros atos e mobilizações também devem ocorrer em pelo menos nove estados.

Em meio à desinformação que marca o governo Bolsonaro, o que se sabe até agora é que deve propor idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e de 62 anos para mulheres, com período de transição de 12 anos.

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, as idades mínimas estipuladas e o chamado modelo de capitalização – que pode aparecer já nesta PEC ou posteriormente – defendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, fazem do modelo de reforma da Previdência de Bolsonaro ainda pior que a proposta apresentada pelo governo Temer.

Ele classifica as mudanças pretendidas como “extremamente prejudiciais” e “afetam de forma cruel os mais pobres”, e convoca todos para a assembleia. “Os sindicatos foram para as bases, estão realizando assembleias e construindo a organização da luta. E as demandas e as deliberações dos trabalhadores serão a base do que iremos definir no dia 20”.

A CUT diz ainda que vai às ruas conscientizar a população sobre os danos causados pela reforma da previdência dos futuros aposentados, e também deve pressionar senadores e deputados para votarem contra a proposta do governo Bolsonaro.

Em último caso, a central não descarta a convocação de uma greve geral para derrotar a reforma, assim como ocorreu no governo Temer, que engavetou a sua tentativa após a realização da greve geral de abril de 2017.


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