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7 de janeiro de 2019
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15:24

Oposição na Câmara pede exoneração de diretor-geral investigado por desvios no DEP

Por
Sul 21
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Oposição na Câmara pede exoneração de diretor-geral investigado por desvios no DEP
Oposição na Câmara pede exoneração de diretor-geral investigado por desvios no DEP
Segundo dados do ObservaPOA (Observatório da Cidade de Porto Alegre), apenas cerca de 66% do esgoto coletado na capital é tratado. Foto: Caroline Ferraz/Sul21

Da Redação

No domingo (6), foi  concluído o primeiro inquérito da Polícia Civil sobre desvios no Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) – órgão vinculado à Prefeitura de Porto Alegre que foi extinto, dando lugar à Secretaria de Serviços Urbanos. A investigação revelou que serviços foram pagos sem fiscalização, o que provocou a assinatura de documentos falsos e propinas repassadas sobre valores de contratos. Corrupção ativa e coação durante as investigações também constam no inquérito.

O relatório conta com mais de 100 páginas de confissões de pessoas envolvidas com o pagamento de propina; além de descrever como o dinheiro público deixava de servir à cidade através de serviços essenciais. Segundo dados do ObservaPOA (Observatório da Cidade de Porto Alegre), apenas cerca de 66% do esgoto coletado na capital é tratado.

Até o momento, dois ex-diretores do DEP foram indiciados por corrupção passiva e organização criminosa, entre outros crimes. Um deles, Tarso Boelter (PP), foi recentemente empossado como diretor-geral da Câmara de Vereadores de Porto Alegre pela nova presidente, Mônica Leal (PP).

Na manhã da segunda-feira (7), o líder da oposição na Câmara, vereador Roberto Robaina (PSOL) protocolou uma solicitação à presidente que pede a exoneração imediata de Boelter. “Esclarecemos que, embora não tenhamos nenhuma responsabilidade por tal nomeação, já que o Bloco de Oposição não participa da composição da Mesa nem votou na chapa encabeçada pela vereadora Mônica Leal (PP), nos vemos na obrigação de dar uma rápida e clara resposta para a sociedade diante de mais este escândalo. A Casa não pode admitir um Diretor-Geral indiciado por peculato, corrupção passiva, falsidade ideológica, uso de documento falso e organização criminosa”, escreve Robaina.

Boelter assumiu a posição na quinta-feira (3). A presidência da casa se pronunciou sobre o assunto, afirmando que:

“Estão querendo fazer palco político de um assunto que é muito delicado. Tenho consciência do peso do mesmo, mas entre a imprudência de tomar decisões apressadas e a prudência necessária, eu fico com a segunda opção.”

 


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