Geral
|
26 de dezembro de 2018
|
17:18

Morre segunda criança guatemalteca detida por autoridades dos EUA em menos de um mês

Por
Sul 21
[email protected]
Menores de 18 anos retidos em centros cercados por grades, nos Estados Unidos. (US Customs and Border Protection)

Lucas Berti
Opera Mundi

Um menino guatemalteco de oitos anos morreu sob custódia do Departamento de Aduanas e Proteção Fronteiriça dos Estados Unidos, informaram autoridades nesta terça-feira (25). É a segunda criança migrante vinda da Guatemala que morre nas mãos do órgão estadunidense de fronteira no mês de dezembro.

Segundo um porta-voz do órgão, a criança morreu durante a madrugada e já mostrava “sintomas de uma doença em potencial” quando foi levada a um hospital em Alamogordo, no estado do Novo México. Após a consulta, os médicos constataram gripe e febre alta. O governo não divulgou a identidade do pai e da criança.

De acordo a imprensa local, a causa da morte não foi determinada. As autoridades que mantinham o menino e seu pai detidos comunicaram o caso ao inspetor geral do Departamento de Segurança Interna dos EUA e ao governo guatemalteco, do presidente Jimmy Morales.

Segundo caso em dezembro

No início do mês, Jakelin Caal, de sete anos, também guatemalteca, morreu enquanto estava detida por autoridades norte-americanas. Segundo o departamento, a menina morreu desidratada e estava em “estado de choque” quando foi encontrada.

O Ministério de Relações Exteriores informou que a criança estava há vários dias sem comer e beber – alegação desmentida pelo pai – e que sofreu uma convulsão horas após ser detida. Ela foi levada a um hospital da região, mas não resistiu.

As duas crianças faziam parte da caravana de migrantes centro-americanos que saíram de Honduras, Guatemala e El Salvador em direção aos Estados Unidos em busca de melhores condições de vida.

Após o aumento do número de integrantes no grupo migrante, o que gerou críticas por parte do presidente estadunidense Donald Trump, muitos foram impedidos de continuar o percurso além do México, que faz fronteira direta com os EUA. Os participantes da caravana fogem da pobreza, fome e violência que enfrentam em seus países.


Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora