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13 de novembro de 2018
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18:37

Polícia afirma que morte na PUCRS foi “execução” e PM aposentado é indiciado por homicídio doloso

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Sul 21
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Polícia afirma que morte na PUCRS foi “execução” e PM aposentado é indiciado por homicídio doloso
Polícia afirma que morte na PUCRS foi “execução” e PM aposentado é indiciado por homicídio doloso
O homicídio ocorreu no dia 27 de setembro, na PUCRS. Foto: Joana/Berwanger

Da Redação

Na manhã desta terça-feira (13), o delegado Rodrigo Reis da 1ª Delegacia de Homicídios se pronunciou, publicamente, sobre os desdobramentos do homicídio ocorrido no dia 27 de setembro no campus da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Segundo o delegado, a vítima teria sido executada por um policial militar da reserva, já aposentado. Ele foi indiciado por homicídio doloso, quando há intenção de matar, e qualificado, por impossibilitar a defesa.

Identificado como Rafael Giovane Silveira da Silva, de 26 anos, o rapaz teria sido encaminhado para uma delegacia no dia anterior a sua morte por ter praticado um furto dentro do campus. O autor dos disparos teria sido o pai de um dos vigilantes que o conduziu à polícia. Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Civil, ele era contratado do serviço de segurança terceirizado da universidade e atuava fazendo a segurança de transportes de valores entre os bancos do campus e na segurança interna – sempre vestido como civil, sem qualquer uniforme.

A assessoria de comunicação da PUCRS não confirmou o vínculo do acusado ou forneceu informações sobre o regimento interno de contratações entre terceirizados e permissões para porte de armas dentro da instituição. A PUCRS aguarda o acesso ao inquérito para se pronunciar oficialmente.

Após deixar a delegacia, no outro dia, a vítima teria ameaçado os vigilantes que o conduziram. Segundo a Polícia Civil, isso foi confirmado a partir do depoimento de mais de uma testemunha. No entanto,não informaram quantas pessoas foram ouvidas pela investigação. A reação do autor dos disparos, de acordo com o que foi apurado pela perícia, foi levar o rapaz para um local fora do raio das câmeras de segurança e disparar cinco tiros contra ele.

Em pronunciamento, o delegado informou que a vítima não teria reagido e estava sentada no momento do assassinato. Isso comprovaria que o homem teria mentido na primeira versão do crime fornecida à polícia, em que afirmava ter agido em legítima defesa. O autor dos disparos responderá em liberdade por ter colaborado com as investigações até o momento e possuir emprego e residências fixas, além de não ter antecedentes criminais.


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