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14 de novembro de 2018
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19:36

Desmatamento na Amazônia está próximo de atingir estágio irreversível

Por
Sul 21
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Desmatamento na Amazônia está próximo de atingir estágio irreversível
Desmatamento na Amazônia está próximo de atingir estágio irreversível
Relatório da WWF revela que, nos últimos 50 anos, desmatamento reduziu em 20% floresta amazônica
(Wilson Dias EBC/Reprodução)

Rede Brasil Atual

A Amazônia está perto de atingir um percentual irreversível de desmatamento, de acordo com último relatório do Fundo Mundial para a Natureza da organização em defesa do meio ambiente WWF. Os dados do estudo apontam para o aumento na devastação florestal da região no período de 1970 a 2018, com uma redução de 20% da sua área.

Em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, na Rádio Brasil Atual, o professor do Departamento de Geografia e do Programa de Pós-graduação em Ciência Ambiental da Universidade de São Paulo (USP), Wagner Ribeiro, avaliou que se houver o aumento na taxa de desmatamento apontado pelo estudo, chegando a 25%, não será possível recuperar a vegetação e os serviços ambientais da Amazônia.

De acordo com Ribeiro, a perda do florestamento do bioma tem desdobramentos não apenas sobre a biodiversidade da região, mas afeta também as comunidades da área e os serviços hídricos, e deverá ser um dos desafios do futuro presidente Jair Bolsonaro (PSL).

“É necessário falar muito sobre isso. São pesquisadores sérios, de campos diferentes, que apontam para a mesma direção. Então não dá para dizer que é moda ou ideológico. Não, isso é objetivo, lógico, está claro e demonstrado, não há ideologia nestes aspectos. Temos que repensar para que estes números não aumentem mais”, adverte o professor.

A Amazônia está perto de atingir um percentual irreversível de desmatamento, de acordo com último relatório do Fundo Mundial para a Natureza da organização em defesa do meio ambiente WWF. Os dados do estudo apontam para o aumento na devastação florestal da região no período de 1970 a 2018, com uma redução de 20% da sua área.

Em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, na Rádio Brasil Atual, o professor do Departamento de Geografia e do Programa de Pós-graduação em Ciência Ambiental da Universidade de São Paulo (USP), Wagner Ribeiro, avaliou que se houver o aumento na taxa de desmatamento apontado pelo estudo, chegando a 25%, não será possível recuperar a vegetação e os serviços ambientais da Amazônia.

De acordo com Ribeiro, a perda do florestamento do bioma tem desdobramentos não apenas sobre a biodiversidade da região, mas afeta também as comunidades da área e os serviços hídricos, e deverá ser um dos desafios do futuro presidente Jair Bolsonaro (PSL).

“É necessário falar muito sobre isso. São pesquisadores sérios, de campos diferentes, que apontam para a mesma direção. Então não dá para dizer que é moda ou ideológico. Não, isso é objetivo, lógico, está claro e demonstrado, não há ideologia nestes aspectos. Temos que repensar para que estes números não aumentem mais”, adverte o professor.

Ouça a entrevista na íntegra:


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