Da Redação
Vladimir Herzog, conhecido como Vlado, foi uma das vítimas da ditadura militar brasileira que se tornou símbolo da luta pela democracia. Em 25 de outubro de 1975, morreu nas dependências do Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI). À época, agentes forjaram uma cena de suicídio, a qual foi desmascarada posteriormente, sendo confirmado que Vlado foi torturado e assassinado.
Em agosto deste ano, 43 anos depois do ocorrido, o Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) anunciou a retomada das investigações do assassinato, após o Brasil ser condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos por deixar o caso impune.
Nascido na cidade de Osijek, na antiga Iugoslávia, Vlado era filho de um casal de origem judaica, que escapou do antissemitismo da Segunda Guerra Mundial. A família fugiu para a Itália e, posteriormente, para o Brasil. Vladimir foi naturalizado brasileiro e, nos anos 1970, trabalhava como diretor do departamento de telejornalismo da TV Cultura. Ele também foi professor de jornalismo na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP).