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22 de junho de 2018
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17:53

Campanha Preserva Arado manifesta solidariedade à retomada Guarani Mbya

Por
Sul 21
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Campanha Preserva Arado manifesta solidariedade à retomada Guarani Mbya
Campanha Preserva Arado manifesta solidariedade à retomada Guarani Mbya
Famílias Guarani Mbya iniciaram processo de retomada dia 15 de junho. (Divulgação)

Da Redação

As entidades e organizações integrantes da campanha #PreservaArado! divulgaram nota manifestando solidariedade ao processo de retomada Guarani Mbya na Ponta do Arado, área localizada dentro da Fazenda do Arado, na sul de Porto Alegre. Um grupo de famílias do povo guarani retomou, dia 15 de junho, a terra que consideram de ocupação originária, exigindo que o governo federal realize os estudos de identificação e delimitação da área.

A área está localizada na Fazenda do Arado, com 426 hectares, reconhecida como um importante sítio arqueológico, com marcas de ocupação guarani, do período pré-colonial. A nota da campanha Preserva Arado afirma:

Referente à retomada da ancestralidade Guarani Mbya na Ponta do Arado

As entidades e organizações integrantes da campanha “ #PreservaArado! Patrimônio Ambiental, Histórico e Cultural Insubstituível ” manifestam SOLIDARIEDADE ao processo de Retomada Guarani Mbya na Ponta do Arado.

Entendemos que a retomada é LEGÍTIMA tendo em vista seu vínculo ancestral naquela área, comprovada por sítios arqueológicos devidamente documentados [1];

Esclarecemos que esse processo é AUTÔNOMO, sendo seu protagonista as famílias Guarani Mbya, que lideram um movimento de retomada corajoso digno de admiração. Salientamos que esse movimento já havia se iniciado com petição em tramitação no Ministério Público Federal [2].

Como entidades solidárias, REPUDIAMOS ameaças de qualquer natureza advindas do empreendimento em relação à retomada, que deve ser tratada nas instâncias previstas na Constituição Federal.

Porto Alegre, 17 de Junho de 2018

[1] Informações sobre sítio arqueológico: https://preservaarado.wordpress.com/arquivo/sitioarq/

[2] MPF NC 1.29.000.001796/2018-81. O MPF oficiou a Funai de Brasília e o Iphan em Maio de 2018.


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