Geral
|
14 de junho de 2018
|
13:47

Câmara argentina aprova projeto que descriminaliza o aborto

Por
Sul 21
[email protected]
Câmara argentina aprova projeto que descriminaliza o aborto
Câmara argentina aprova projeto que descriminaliza o aborto
Sessão histórica durou cerca de 22 horas e meia. Projeto agora vai para votação no Senado. (Foto: Cámara Federal Argentina)

Agência Brasil

A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou hoje (14) por 129 votos a favor, 125 contra e 1 abstenção o projeto de lei que descriminaliza o aborto, em uma sessão histórica que durou cerca de 22 horas e meia.

De acordo com o projeto, o aborto poderá ser feito até 14 semanas de gestação. Depois deste prazo, a interrupção da gravidez só poderá ser realizada em casos de estupro, se representar um risco para a vida e a saúde da mãe e também se o feto tiver alguma malformação “incompatível com a vida extrauterina”.

A votação terminou com aplausos dos deputados que defendiam a interrupção voluntária da gravidez.

O texto segue agora para o Senado.

Milhares de argentinos viraram a noite na praça em frente ao Congresso, para acompanhar a votação, na Câmara dos Deputados. Todos estavam preparados para enfrentar o frio de 5 graus: fizeram fogueiras, montaram barracas e dançaram, ao som de tambores, pedindo aos legisladores o direito a um “aborto livre, gratuito e seguro”.

A sessão começou ontem (13) e, até o fim da noite, havia um empate entre os deputados que discursaram a favor e contra a legalização do aborto. Do lado de fora do Congresso, ativistas dos dois lados ocupavam a praça e defendiam sua posição.

Segundo as estimativas, 500 mil abortos clandestinos são feitos todos os anos na Argentina. Cerca de 60 mil resultam em complicações e hospitalizações. E muitas mulheres – a maioria pobres ou do interior – morrem por causa de abortos mal feitos.

(*) Com informações da Agência Télam


Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora