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9 de maio de 2018
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12:46

Testemunha envolve vereador no assassinato de Marielle; acusado nega e diz não conhecer miliciano

Por
Sul 21
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Testemunha envolve vereador no assassinato de Marielle; acusado nega e diz não conhecer miliciano
Testemunha envolve vereador no assassinato de Marielle; acusado nega e diz não conhecer miliciano

Vladimir Platonow
Da Agência Brasil

Uma testemunha no caso do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) teria delatado à polícia o envolvimento do vereador Marcello Siciliano (PHS) com o crime, segundo matéria do jornal O Globo na internet publicada na terça-feira (8). O delator teria fornecido detalhes da ligação de Siciliano com um miliciano, conhecido como Orlando da Curicica, atualmente preso, com quem combinado a morte da parlamentar.  O vereador negou, ainda na noite desta terça, que tivesse interesse na morte de Marielle, sua colega na Câmara do Rio, assassinada em 14 de março passado no centro da cidade.

Segundo a reportagem de O Globo, o delator afirmou que Marielle estaria contrariando interesses políticos de Siciliano na Cidade de Deus, na zona oeste. O delator teria trabalhado para a milícia, mas decidiu revelar o que sabia à polícia em troca de proteção. Um dos colaboradores de Siciliano, Alexandre Pereira, foi morto na noite de 8 de abril, na Taquara, zona oeste, dois dias depois de o vereador prestar depoimento à Delegacia de Homicídios.

Siciliano se manifestou em nota divulgada por sua assessoria e se disse revoltado com a acusação, ressaltando, inclusive, manter amizade com Marielle, com quem teria assinado projetos de lei em conjunto.

“Expresso aqui meu total repúdio à acusação de que eu queria a morte de Marielle Franco. Ela é totalmente falsa. Não conheço Orlando da Curicica e acho uma covardia tentarem me incriminar dessa forma. Marielle, além de colega de trabalho, era minha amiga. Tínhamos projetos de lei juntos. Essa acusação causa um sentimento de revolta por não ter qualquer fundamento. Eu, assim como muitos, já esperava que esse caso fosse elucidado o mais rápido possível. Agora, desejo ainda mais celeridade”, destacou Siciliano.

Marielle e seu motorista, Anderson Gomes, foram mortos na noite de 14 de março, no bairro do Estácio, após ela ter participado de seu último compromisso político, na Lapa. Seu carro passou a ser perseguido por dois veículos e ela e Anderson foram metralhados, em uma sucessão de 13 tiros. A assessoria de Siciliano informou que o parlamentar deverá convocar uma coletiva de imprensa para esta quarta-feira (9), com o objetivo de se defender das acusações.


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