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25 de maio de 2018
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21:15

Forças de segurança irão reforçar desbloqueio de rodovias, mas não garantem reabastecimento

Por
Sul 21
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Representantes de forças de segurança se reuniram para tratar de ações relacionadas à greve dos caminhoneiros | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Luis Eduardo Gomes

Representantes das principais forças de segurança estaduais e federais que atuam no Rio Grande do Sul se reuniram na tarde desta sexta-feira (25) para discutir as ações que irão tomar após o anúncio feito por Michel Temer nesta tarde, autorizando o uso de forças federais para desbloquear rodovias. Após o encontro, o superintendente da Polícia Rodoviária Federal, João Paulo Oliveira, informou que serão reforçadas as ações para garantir que os caminhoneiros em greve não mantenham nenhuma rodovia federal bloqueada e para “garantir a circulação de quem quer circular”.

Oliveira informou que, no momento, não há nenhum bloqueio total de rodovia no Estado, mas que isso pode ocorrer, já que a PRF e a Brigada Militar não conseguem estar em todos os locais de protesto simultaneamente. Contudo, o superintendente salientou que, caso um bloqueio venha a ocorrer, as tropas de choque irão atuar no sentido de liberar as vias, bem como na repressão de atos de vandalismo e de coação de quem tentar impedir a livre circulação pelas vias. Segundo Oliveira, a PRF e a BM não podem agir em locais particulares, como postos de gasolina, e não forçarão os caminhoneiros a retomarem o trabalho. “A PRF não pode obrigar quem não quiser a trabalhar”, disse, acrescentando que será garantido o direito de livre manifestação de quem estiver participando da greve pacificamente.

Superintendente da PRF, João Paulo Oliveira, concede entrevista após a reunião | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Por outro lado, Oliveira disse que as forças também irão atuar na liberação de acostamentos eventualmente bloqueados por caminhões, seja por meio de diálogo, uso da força ou aplicação de multas. Ele lembrou que a PRF já vem atuando nesse sentido desde quinta-feira (24), quando o Tribunal Regional Federal emitiu decisão proibindo a interdição de rodovias. “Em cima das rodovias, vamos fazer a desobstrução”, disse.

Na reunião também ficou decidido que as forças irão atuar para garantir a escolta de caminhoneiros que atuem no abastecimento de serviços essenciais, como a hospitais, prefeituras e ao Aeroporto Salgado Filho. “A prioridade de todas as instituições é garantir a continuidade dos serviços essenciais”, disse Oliveira, destacando que as forças já estão atuando no apoio a escolta do transporte combustíveis e de outros materiais essenciais ao interesse público.

Contudo, Oliveira lembrou que há falta de caminhoneiros para realizar esse trabalho. Ele disse, por exemplo, que o acesso à Refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas, está liberado, porém não há trabalhadores para garantir o abastecimento dos postos de combustível. “A dificuldade de algumas empresas é conseguir caminhoneiro para fazer essa atividade”, disse.

Participaram da reunião, além do superintendente da PRF, representantes da Polícia Federal, da Brigada Militar, da Polícia Civil, do Comando Militar do Sul, do Ministério Público Federal, do Ministério Público Estadual e da Advocacia Geral da União.


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