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2 de maio de 2018
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11:50

Desabamento em SP: ‘Tragédia torna explícito mais um exemplo do descaso do poder público’

Por
Sul 21
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Desabamento em SP: ‘Tragédia torna explícito mais um exemplo do descaso do poder público’
Desabamento em SP: ‘Tragédia torna explícito mais um exemplo do descaso do poder público’
Prédio de 26 andares em chamas desaba em São Paulo | Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Da Redação

Para o o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, “a tragédia torna explícito mais um exemplo do descaso do poder público, em todas as esferas, com o atual quadro urbanístico das nossas cidades e com ausência recorrente de uma Política Habitacional Nacional consistente”. Em nota, a entidade se solidarizou com as famílias das vítimas e lamentou o incêndio e desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, na capital paulista, na madrugada de terça-feira (1°).

O edifício, projetado pelo arquiteto Roger Zmekhol, em 1961, foi tombado em 1992, pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo. No entanto já estava degradado pelo abandono e falta de manutenção. Para o CAU, “o governo e a Justiça permitiram que o cenário fosse se perpetuando, o que adiou sua possível recuperação e nova destinação, com potencial para amenizar a precária situação habitacional do centro e dar melhor uso à infraestrutura da região”.

O conselho chama atenção ainda para outras construções em situação idêntica na área. “Antes que novas tragédias aconteçam, é hora de uma ação política urbana articulada, séria e eficaz a respeito. Não apenas pelos edifícios icônicos, mas sobretudo por justiça social”.

Os bombeiros confirmam apenas um desaparecido, que é o homem que estava sendo resgatado no momento do desabamento e acabou caindo em meio aos escombros. De acordo com o capitão Marcus Palumbo, porta-voz da corporação, em balanço feito pela Secretaria de Assistência Social da prefeitura, há 45 pessoas que moravam no imóvel, mas não se cadastraram hoje após o desabamento. No entanto, não há como confirmar se elas estavam no edifício no momento da queda.


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