Da Redação
A organização do acampamento Marisa Letícia, localizado na rua Padre João Wislinski, no bairro Santa Cândida, em Curitiba (PR), onde dormem integrantes da vigília Lula Livre, denunciam que o local foi atacado a tiros por volta das quatro horas da madrugada. Segundo eles, duas pessoas ficaram feridas. O caso mais grave é de Jeferson Lima de Menezes, morador de São Paulo, que foi levado para o hospital em estado grave após ser baleado no pescoço. As denúncias foram corroboradas pela presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann.
Muito grave o atentado nesta madrugada ao acampamento da vigília democrática de solidariedade ao Lula. Companheiro Jeferson, de São Paulo, baleado no pescoço corre risco de morte. Esperamos providência rigorosa por parte das autoridades de segurança
— Gleisi Lula Hoffmann (@gleisi) 28 de abril de 2018
Muito grave o atentado nesta madrugada ao acampamento da vigília democrática de solidariedade ao Lula. Companheiro Jeferson, de São Paulo, baleado no pescoço corre risco de morte. Esperamos providência rigorosa por parte das autoridades de segurança
— Gleisi Lula Hoffmann (@gleisi) 28 de abril de 2018
A autoria do ataque ainda não foi identificada. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Paraná informou que, segundo as primeiras informações, uma pessoa a pé efetuou disparos de arma de fogo contra o acampamento de simpatizantes do ex-presidente Lula. A secretaria confirma que uma pessoa baleada foi levada ao hospital e que um tiro acertou um banheiro químico e os estilhaços feriram uma mulher no ombro, sem gravidade. De acordo com a nota, no local foram recolhidas cápsulas de pistola 9 mm e um inquérito foi aberto para apurar o caso.
Segundo pessoas que estavam no acampamento no momento do ataque, durante a madrugada ocorreu uma movimento de carros em frente ao local, com pessoas passando e gritando palavras de ordem contrárias ao PT e a favor de figuras da direita.
“Ele estava consciente, sem risco de vida, perdeu bastante sangue, a bala perfurou, mas não ficou alojada. No acampamento estávamos na porta na segurança, um carro passou e voltou atirando”, disse ao Brasil de Fato um segurança que estava no local e acompanhou uma das vítimas ao hospital.
Manifestantes e movimentos pró-Lula realizam um acampamento em defesa do ex-presidente em Curitiba desde que ele foi preso, no dia 7 de abril. No dia 17, o acampamento trocou de local em cumprimento a uma ordem judicial que determinou que ele não pudesse ficar nas imediações da Superintendência da Polícia Federal. O acampamento foi mudado então para um local no mesmo bairro.
“Nós desmanchamos o acampamento cumprindo ordem oficial. Fizemos a opção de ir para um terreno e seria garantida a segurança. Agora o que cobramos da Secretaria de Segurança Pública é investigação, que identifique o atirador”, disse em nota Dr Rosinha, presidente do PT estadual do Paraná e integrante da coordenação da vigília.
Nesta manhã, os participantes do acampamento realizaram uma manifestação na região para denunciar o ataque.