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20 de março de 2018
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16:19

Sindiágua pede afastamento da diretoria da Corsan por ‘gestão temerária’

Por
Sul 21
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Sindiágua pede afastamento da diretoria da Corsan por ‘gestão temerária’
Sindiágua pede afastamento da diretoria da Corsan por ‘gestão temerária’
Direção do sindicato protocolou pedido de providências no Palácio Piratini. (Foto: Divulgação)

Da Redação (*)

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto do Estado do Rio Grande do Sul (Sindiágua/RS), protocolou na manhã desta terça-feira (20), no Palácio Piratini, um pedido de providências com documentação obtida através da Lei de Acesso à Informação, sobre a não utilização por parte da atual direção da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que podem chegar a mais de meio bilhão de reais. A documentação compreende informações da Corsan, Ministério das Cidades e Caixa Econômica Federal. O pedido de providências pede a suspensão imediata de toda a diretoria da Corsan, por gestão temerária.

Segundo essa documentação, nas gestões de 2007-2010 e 2011-2014, a direção da Corsan se habilitou a mais de R$ 4 bilhões para obras em saneamento junto ao Ministério das Cidades. O contrato do PAC-2, Grupo 1, Terceira Seleção, publicado no Diário Oficial de 06/03/2013, aponta o sindicato, estabeleceu o valor de R$ 521.917.615,23 para obras de esgoto em oito cidades do Vale dos Sinos, onde se localiza um dos principais rios do Estado e que sofre com a poluição.

Muitas dessas obras, assinala ainda o Sindiágua/RS,  foram divididas em etapas para facilitar a aprovação dos projetos pela Caixa Federal. A primeira etapa de praticamente todas elas, já estavam aprovadas pelo órgão federal ainda em 2014. O restante carecia de ajustes nos projetos e orçamentos.

No entanto, diz o sindicato, mesmo o Ministério das Cidades tendo prorrogado o prazo por duas vezes, a atual direção da Corsan não providenciou os ajustes necessários e o Estado do Rio Grande do Sul foi punido com a perda já irreversível de mais de R$ 300 milhões de reais. O restante dos recursos, acrescenta o Sindiágua, ainda poderá ser recuperado caso a direção da Corsan realize as licitações necessárias, o que já poderia ter ocorrido desde o início de 2015. Nesse sentido, para que o Rio Grande do Sul não seja ainda mais penalizado, em um momento em que o próprio governo estadual enfatiza a falta de recursos para obras, encaminhamos ao senhor governador um pedido de providências com a suspensão imediata de toda a diretoria da Corsan, por gestão temerária.

O mesmo documento será protocolado, ainda nesta terça-feira (20), junto à Secretaria de Obras, Saneamento e Habitação do Estado.

(*) Com informações do Sindiágua/RS


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