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8 de fevereiro de 2018
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19:20

Conselho de Arquitetura manifesta ao MPF preocupação com ensino superior no RS

Por
Sul 21
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Conselho de Arquitetura manifesta ao MPF preocupação com ensino superior no RS
Conselho de Arquitetura manifesta ao MPF preocupação com ensino superior no RS
Em reunião, Conselho discutiu maneiras de reunir entidades de ensino superior em torno da discussão | Foto: CAU/Divulgação

Da Redação

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (CAU/RS) se reuniu com o Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul (MPF/RS) para levar suas preocupações quanto aos cortes no ensino superior e buscar orientações sobre parcerias entre instituições interessadas em defender a qualidade do ensino ofertado. O encontro ocorreu no final da tarde de terça-feira (06).

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Atualmente, três universidades brasileiras de Arquitetura e Urbanismo estão no ranking das 150 melhores do mundo, divulgado pela QS (Quacquarelli Symonds), entre elas a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Segundo o Conselho, porém, a qualidade estaria ameaçada por uma série de questões como: cortes de verbas, mercado saturado, demissões em massa e precarização do trabalho de professores, redução de carga horária em cursos de graduação, alteração de currículos, ampliação de disciplinas práticas em modo ensino à distância (EaD).

“Nós não temos como promover a Arquitetura e Urbanismo e defender a sociedade sem poder ajudar a melhorar a qualidade do ensino e formação dos profissionais”, disse o presidente do CAU/RS, Tiago Holzmann da Silva.

O Conselho anunciou ainda que está na fase de coletas de dados e informações para um dossiê que aponte as questões citadas acima. Seguindo orientação do procurador federal, o documento seria entregue ao Ministério Público estadual.

A ideia seguiria os moldes do que foi feito pela Ordem dos Advogados do Brasil, no seu escritório no Paraná, que conseguiu aprovar uma moção para que Conselho Federal da Ordem interceda junto ao Ministério da Educação (MEC) para suspender a abertura de novos cursos de Direito, por 10 anos. A preocupação das entidades seria “garantir a qualidade do ensino na formação profissional”.

“Ao tratar da questão do Ensino Superior, estamos cumprindo nosso papel social de proteger a população dos maus profissionais. É algo que não afeta apenas a Arquitetura e Urbanismo, mas diversos outros setores”, complementou o gerente geral do Conselho, Tales Völker.


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