Últimas Notícias > Geral > Areazero
|
8 de dezembro de 2017
|
19:45

Após 94 dias, professores estaduais encerram greve no Rio Grande do Sul

Por
Sul 21
[email protected]
Em assembleia no Gigantinho, maioria da categoria decidiu pelo fim da greve | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Cristiano Goulart

Os professores estaduais decidiram, em assembleia na tarde desta sexta-feira (8), suspender a greve da categoria no Rio Grande do Sul. A mobilização, iniciada em 5 de setembro, durou 94 dias. Esta é a mobilização mais duradoura do magistério estadual nos últimos 30 anos. Em 1987, os profissionais da educação pararam por 96 dias.

Ao contrário da última assembleia, realizada em 24 de novembro, a decisão sobre o futuro da greve se deu em voto por contraste, onde os associados ergueram os crachás quando favoráveis ou contrários à proposta apresentada. A presidente do Cpers-Sindicato, Helenir Aguiar Schürer, afirma que a categoria chega desgastada ao final da mobilização.

Presidente do Cpers era favorável ao fim da greve | Foto: Guilherme Santos/Sul21

“O conselho geral, em ampla maioria, é a terceira vez que orienta para encerrar a greve, mas nós tivemos uma resistência de uma oposição. Mas uma oposição equivocada. Eu acho que a oposição é muito importante ter em todos os espaços, mas uma oposição que trabalhe contra o nosso algoz e não contra a categoria. Nós chegamos com uma greve muito debilitada, que não teria mais forças para avançar”, lamenta a sindicalista.

A partir de segunda (11), de acordo com o Cpers, os professores começarão a elaborar o calendário de recuperação das aulas. No último dia 20 de novembro, a Procuradoria Geral do Estado ingressou na Justiça com uma ação declaratória de ilegalidade da greve. De acordo com a Secretaria Estadual da Educação (Seduc), apenas 1% das escolas estaduais estava paralisada, o que corresponde a 26 instituições de um total de 2,6 mil.

Cronologia e reivindicações da greve

A mobilização inciou no dia 5 de setembro, após o Governo do Estado depositar, na semana anterior (31 de agosto), apenas R$ 350 na conta dos servidores públicos. Além de condenar a prática de parcelamento dos salários, iniciada em maio de 2015, os profissionais da educação também reivindicam o pagamento integral do 13º salário e o fim da tramitação, na Assembleia Legislativa, do Projeto de Emenda Constitucional 257 (PEC 257), que pretendia mudar o período de pagamento da folha do funcionalismo público, alterando o Artigo 35 da Constituição Estadual que determina a quitação do salário dos servidores “até o último dia útil do mês do trabalho prestado”.

Foto: Guilherme Santos/Sul21
Foto: Guilherme Santos/Sul21
Foto: Guilherme Santos/Sul21
Foto: Guilherme Santos/Sul21

Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora