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10 de outubro de 2017
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13:49

Unidos no parcelamento, servidores municipais e estaduais protestam diante da Prefeitura

Por
Luís Gomes
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Ato reuniu servidores municipais, professores e funcionários de escolas estaduais, policiais civis, técnicos científicos, funcionários dos Correios, trabalhadores da Cootravipa e representantes de outras categorias. Foto: Maia Rubim/Sul21

Luís Eduardo Gomes

Unidos pelo atraso de salários, constantes parcelamentos e pela greve, centenas de servidores municipais, professores e funcionários de escolas estaduais, policiais civis, técnicos científicos, funcionários dos Correios, trabalhadores da Cooperativa de Trabalhadores Autônomos das Vilas de Porto Alegre (a Cootravipa, que faz o recolhimento de lixo seco na cidade) e representantes de outras categorias realizaram um ato unificado na manhã desta terça-feira (10) diante do Paço Municipal, em Porto Alegre.

Servidores do município têm o salário sendo pago parceladamente há quatro meses. Foto: Maia Rubim/Sul21

Em maior número, os municipários levaram máscaras e bonecos com o rosto do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) para pressionar a Prefeitura pela retirada de projetos encaminhados à Câmara de Vereadores e que dizem retirar direitos da categoria. Com o salário sendo pago parceladamente há quatro meses, cantavam palavras de ordem como: “Ô Marchezan, seu salafrário, cadê o nosso salário”.

Em greve desde a segunda-feira passada (2), o Sindicato dos Municipários se reuniu a partir das 9h com o vice-prefeito, Gustavo Paim (PP), e com uma comitiva de vereadores que assinaram ontem um documento pedindo que a Prefeitura retirasse o pacote de medidas que propõe mudanças no cálculo de triênios e dos valores a serem incorporados nos salários dos servidores, a extinção da licença-prêmio por assiduidade, alteração na dada de pagamento dos servidores e do 13º salário. A comissão de greve entrou para a reunião, mas a manifestação continuou do lado de fora.

Nas escadarias do Paço, um grupo de manifestantes depositou saco de lixos em referência ao pedido da Prefeitura de que a população deveria ser responsável pelo descarte de resíduos recicláveis enquanto durasse a paralisação da Cootravipa, responsável pela coleta seletiva da cidade. A greve dessa categoria foi encerrada ontem, mas os trabalhadores continuam sem receber.

Por volta das 9h15, os trabalhadores ligados ao Cpers deixaram o ato e se dirigiram à Secretaria de Educação, onde iniciava uma reunião com o secretário Ronald Krummenauer.. Foto: Maia Rubim/Sul21

Já os servidores do Estado, representados em maior número por professores e funcionários de escola, em greve desde 5 de setembro, alternaram os gritos contra Marchezan com palavras de ordem contra o governador José Ivo Sartori (PMDB). “Desocupa aí, fora Sartori, do Piratini”, diziam. Também havia representações dos policiais civis, em greve desde ontem (9) e de técnicos científicos, que paralisam a partir de amanhã (11). Por volta das 9h15, os trabalhadores ligados ao Cpers deixaram o ato e se dirigiram à Secretaria de Educação, onde iniciava uma reunião com o secretário Ronald Krummenauer.

O ato ainda contou com a participação de representações dos Correios, que encerraram greve na semana passada, da Procergs e de centrais sindicais. Presidente da CTB, Guiomar Vidor resumiu o protesto com uma frase: “Precisamos lutar contra o alinhamento dos infernos, Temer, Sartori e Marchezan”.

Atualização: acompanhe, abaixo, uma breve entrevista na qual a presidenta do Cpers, Helenir Schüerer, fala ao Sul21 sobre a reunião com representações do governo estadual:

 

Presidente da CTB, Guiomar Vidor resumiu o protesto com uma frase: “Precisamos lutar contra o alinhamento dos infernos, Temer, Sartori e Marchezan”. Foto: Maia Rubim/Sul21
Sindicato dos Municipários se reuniu a partir das 9h com o vice-prefeito, Gustavo Paim (PP). Foto: Maia Rubim/Sul21
Nas escadarias do Paço, um grupo de manifestantes depositou saco de lixos em referência ao pedido da Prefeitura de que a população deveria ser responsável pelo descarte de resíduos recicláveis enquanto durasse a paralisação da Cootravipa. Foto: Maia Rubim/Sul21
Foto: Maia Rubim/Sul21

 


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