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12 de setembro de 2017
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17:35

Sem receber desde fevereiro, trabalhadores de cooperativa fazem vigília no Incra de Porto Alegre

Por
Sul 21
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Sem receber desde fevereiro, trabalhadores de cooperativa fazem vigília no Incra de Porto Alegre
Sem receber desde fevereiro, trabalhadores de cooperativa fazem vigília no Incra de Porto Alegre
Técnicos estão desde o último mês de fevereiro sem receber salário Foto: Letícia Stasiak

Da Redação

Dezenas de técnicos das áreas social, agrária e ambiental realizam desde às 8h desta terça-feira (12) uma vigília permanente no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, para pressionar pelo pagamento de serviços já executados e protestar contra o atraso de salários. Os profissionais são ligados à Cooperativa de Trabalho em Serviços Técnicos (Coptec), uma das três empresas contratadas pelo Instituto para prestar serviços de assistência técnica às famílias assentadas na Reforma Agrária no Estado.

Com a mobilização, os técnicos exigem que o Incra cumpra suas obrigações contratuais por meio do pagamento de R$ 650 mil, valor referente aos serviços prestados pela Coptec ainda nos meses de fevereiro e março deste ano. Eles também reivindicam a liberação de R$ 650 mil do Orçamento destinado à Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater).

Atualmente, 55 trabalhadores atuam em dez núcleos operacionais da Coptec localizados em Tupanciretã, Nova Santa Rita, Eldorado do Sul, Santana do Livramento, Candiota, Pinheiro Machado, São Luiz Gonzaga, São Miguel das Missões, São Gabriel e Viamão. Eles prestam assistência técnica para 5.939 famílias em 159 assentamentos, especialmente para impulsionar a produção de alimentos agroecológicos.

Conforme Álvaro Delatorre, presidente da cooperativa, a não liberação dos valores financeiros e orçamentários por parte do Incra está provocando o não pagamento dos trabalhadores da cooperativa, que estão desde o último mês de fevereiro sem receber seus salários. Isto também implica diretamente na inviabilidade da assistência técnica nos assentamentos. “Diante esta situação fomos obrigados a vir ao Incra, onde vamos permanecer por tempo indeterminado, até que o Instituto cumpra suas obrigações. Também estamos aqui para defender o programa de Ater, porque acreditamos que ele é fundamental para viabilizar a Reforma Agrária Popular e desenvolver os assentamentos”, explica Delatorre. Ele acrescenta que os serviços prestados pela superintendência do Incra em Porto Alegre não serão afetados com a vigília.


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