Geral
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1 de maio de 2017
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14:20

Estudante agredido por policial de Goiás continua em estado grave

Por
Luís Gomes
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Estudante agredido por policial de Goiás continua em estado grave
Estudante agredido por policial de Goiás continua em estado grave
Imagem mostra o momento da agressão ao estudante | Foto: Luiz da Luz/Arquivo Pessoal

Da Agência Brasil

O estudante universitário Mateus Ferreira da Silva, 33 anos, agredido por um policial militar em Goiânia, continua internado em estado grave. Silva foi agredido por um golpe de cassetet durante manifestação no centro de Goiânia (GO) na última sexta-feira (28). Ele sofreu traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas.

Segundo boletim médico do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), divulgado nesta segunda-feira (1º), o estudante está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sedado, respirando por aparelhos e com pressão baixa.

Silva participava das manifestações populares contra as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo federal e que tramitam no Congresso Nacional. No início da tarde, um princípio de tumulto resultou em confronto entre agentes da segurança pública e alguns manifestantes, que passaram a lançar pedras e rojões contra os policiais.

Um vídeo compartilhado nas redes sociais e divulgado por órgãos de imprensa locais registrou o exato momento em que Silva foi atingido por um policial portando um cassetete. Mateus aparece correndo para fugir do tumulto que se vê ao fundo, quando um policial militar o atinge na cabeça, segurando o cassetete com as duas mãos.

Em nota, a Universidade Federal de Goiás (UFG) repudiou a violência contra o estudante de ciências sociais e cobrou das autoridades goianas a adequada apuração dos fatos e punição aos responsáveis.

Policial afastado 

Nesta segunda, a PM de Goiás decidiu afastar o Augusto Sampaio de Oliveira Neto, subcomandante da 37ª Companhia Independente, em Goiânia, acusado de agredir Mateus. Segundo o comandante-geral da Polícia Militar de Goiás, coronel Divino Alves de Oliveira, o capitão continua exercendo funções administrativas. “Não temos outro tipo de medida que prevê o afastamento total de função”, disse. O comandante acrescentou que o inquérito aberto para investigar o caso dura 30 dias e pode ser prorrogado por mais 15 dias.

Oliveira acrescentou que o inquérito foi aberto após a divulgação de imagens na internet que mostram a agressão ao estudante. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais e divulgado por órgãos de imprensa locais, foi registrado o exato momento em que Silva foi atingido pelo policial com um cassetete. Mateus aparece correndo para fugir do tumulto que se vê ao fundo, quando o policial o atinge na cabeça, carregando o cassetete com as duas mãos.

Segundo o comandante-geral da PM, circula nas redes sociais uma foto sua como sendo o autor da agressão. De acordo com Oliveira, a agressão foi associada ao seu nome, erroneamente.


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