Da Redação*
O governo de José Ivo Sartori (PMDB) retomou uma pauta que já havia sido discutida em seu primeiro ano de governo. O Estado quer aprovar a resolução que proíbe que hospitais de pequenas e médias cidades possam realizar partos. Segundo a Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), a proposta do Piratini é de que estruturas que realizam menos de 365 partos por ano deixem de prestar o serviço, que será absorvido por grandes hospitais da região.
A Federação pretende trazer o tema para discussão em um encontro no próximo dia 17. A medida poderá entrar em vigor imediatamente, assim que aprovada. A Famurs calcula que mais de 100 municípios podem ser afetados por ela. “Essa resolução irá provocar um grande impacto econômico e social para os municípios gaúchos”, critica Luciano Pinto, presidente da Federação.
Entre as consequências negativas do projeto estão o risco para as gestantes durante o transporte, o aumento da ambulancioterapia (transporte de pacientes para municípios maiores), a elevação dos gastos das prefeituras com diárias e prejuízo na relação entre paciente e médico. “É uma questão de humanização do atendimento, prevista pelo SUS. Tira o direito de a mãe ter o filho na sua cidade e impede que o parto seja feito pelo mesmo médico que acompanhou todo o pré-natal da gestante”, alerta o assessor técnico da Área de Saúde da Famurs, Paulo Azeredo Filho.
*Com informações da Famurs