Da Redação*
A Assembleia Legislativa de Santa Catarina aprovou, nesta segunda-feira (04), uma moção de apoio à professora Marlene de Fáveri, docente no programa de pós-graduação em História da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), que está sendo processada por uma aluna por aulas sobre feminismo. A votação foi unânime.
A deputada Ana Paula Lima (PT), quem apresentou a moção, lembrou da relevante produção acadêmica da professora sobre movimentos de mulheres e teoria feminista e criticou o movimento “escola sem partido”, que tem se espalhado pelo país. “Marlene é mais um exemplo de tantas e tantos profissionais que dedicam a vida à educação e que, sistematicamente, têm sido atacados no exercício do seu ofício por lutar e acreditar que somos livres e devemos ter direitos iguais na sociedade”, afirmou a deputada.
O processo contra a professora teve início em julho do ano passado. Uma aluna do mestrado em História, moveu processo contra Marlene pedindo indenização por danos morais no valor de R$ 17,6 mil, alegando ter se sentido “constrangida como cristã e feminista” pelas aulas da professora sobre feminismo.
O caso gerou várias notas de apoio à professora, desde a Associação Nacional dos Professores de História (ANPUH) aos colegas da própria Udesc. A universidade, porém, respondeu em nota que aguardava “o andamento do processo”.
A aluna chegou a gravar um vídeo sobre o caso, onde se identifica como “autora do processo por indenização por danos morais, em virtude de discriminação e perseguição ideológica e religiosa”. No vídeo, ela chega a citar areportagem do Sul21.
Apesar de ser militante do “escola sem partido”, a estudante que move o processo contra Marlene de Fáveri, que também é professora de História, compartilhou em uma de suas redes sociais foto de uma folha de chamada onde um de seus estudantes assinou como “Bolsonaro”.
*Com informações do site da AL-SC