Geral
|
4 de maio de 2016
|
18:04

Operação Mercenários investiga envio de alimentos impróprios para consumo a presídios

Por
Sul 21
[email protected]
Operação Mercenários investiga envio de alimentos impróprios para consumo a presídios
Operação Mercenários investiga envio de alimentos impróprios para consumo a presídios
Alimentos apreendidos em operação do MP. Foto: Marjuliê Martini
Alimentos apreendidos em operação do MP. Foto: Marjuliê Martini

Da Redação*

O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Alto Uruguai e o Projeto Regional de Fiscalização de Casas Prisionais do Ministério Público do Rio Grande do Sul deflagraram, nesta quarta-feira (04), a Operação Mercenários.  São cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva no Estado (Santo Ângelo, Santa Rosa, São Borja, Cacequi e Santa Maria), em Santa Catarina (Chapecó) e no Paraná (Luninópolis e Londrina). As investigações dão conta que duas empresas de Santa Rosa, responsáveis pelo fornecimento de alimentos para entidades da administração pública, adquiriam insumos inapropriados ao consumo humano por valores baixíssimos e os repassavam, principalmente, a presídios.

As investigações iniciaram a partir do Projeto Regional de Fiscalização de Casas Prisionais do Ministério Público, em que se fiscaliza dez presídios, que fazem parte da jurisdição da 3ª Delegacia Penitenciária Regional. No decorrer das apurações, foram apreendidas toneladas de produtos com validade vencida, sem data de fabricação ou de validade, com insetos vivos, excrementos de insetos ou até mesmo cacos de vidro, destinados a casas prisionais. A conservação e o transporte também eram realizados irregularmente.

Ao serem realizados testes de qualidade durante as licitações ou no decorrer da execução de contratos de fornecimento de alimentos para órgãos públicos, as empresas investigadas apresentavam alimentos compatíveis com aqueles exigidos, mas ao fornecerem os alimentos, entregavam produtos de outra qualidade, muitas vezes inapropriados ao consumo humano. Até o momento, foi apurado que os destinatários finais de alimentos inapropriados fornecidos pelas empresas investigadas foram a Cozinha Comunitária do Município de Ijuí, a Secretaria de Assistência Social do Município de Ijuí e as dez casas prisionais citadas. Entre abril de 2013 a abril de 2016, as empresas investigadas receberam a quantia de aproximadamente R$ 16,3 milhões da Administração Pública. A investigação foi realizada pelo Ministério Público com a colaboração da Brigada Militar.

*Com informações do Ministério Público 


Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora